quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Gestão - Você sabe empreender?

Você sabe empreender? Eles souberam e deram certo!

Conheça o case da Cacau Show, da gráfica do futuro Arizona e da Sixpix Content, empresas que deram certo. Confira!

Dados da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), empresa que mede o nível de atividade empreendedora no mundo desde 1999, apontam que a taxa média de empreendedorismo no Brasil nos últimos dez anos foi de 13%. E, em 2009, esse percentual aumentou para 15%.

A cada 100 brasileiros, que fazem parte da população economicamente ativa, 15 estão empreendendo. Em termos absolutos, o Brasil possui cerca de 33 milhões de pessoas desempenhando alguma atividade empreendedora.

Sendo assim, é possível dizer que o empreendedorismo no Brasil dá certo, apesar das condições tributárias serem desfavoráveis. A rede de lojas de chocolates Cacau Show é um exemplo e surgiu como um projeto do jovem empreendedor Alexandre Tadeu da Costa. Aos 17 anos, Costa iniciou uma produção caseira de ovos de páscoa de 50 gramas para honrar vendas que havia realizado sem ter o produto em mãos.

Hoje, com 40 anos, o empresário já tem 1.000 lojas distribuídas em todos os estados brasileiros, que juntas faturaram cerca de R$ 400 milhões em 2010. Costa foi ter seu próprio negócio para ter dinheiro. Com o passar do tempo, foi percebendo que o mais importante é fazer as pessoas crescerem e dar oportunidades de elas serem melhores.

Para empreender com sucesso, Costa acredita que o papel do empreendedor é fazer com que as partes fiquem satisfeitas. “O importante é ter franqueza e clareza com o franqueado. Escolher franquia é algo sério. Tem muitas franqueadoras que só querem pegar a taxa de administração e não tem nada a oferecer”, afirma.

Uma ideia na cabeça

Partindo para o empreendedorismo inovador, Marcus Hadade também é um exemplo do empreendedor que deu certo. O empresário administra uma "gráfica do futuro", a Arizona, há 10 anos. De acordo com o executivo, seu negócio oferece facilidades digitais para as agências de publicidade.

A ideia surgia ainda quando trabalhava com o irmão em uma gráfica. Na ocasião, juntos ousaram oferecer à agência de publicidade da Natura a automatização do fluxo de produção do catálogo de produtos, que é renovado a cada 21 dias.

Pesquisaram quais outras empresas trabalham com esse tipo de produto e conquistaram a rede de supermercados Carrefour, com 1,6 mil páginas de tabloides por semana. Começaram a ter resultados maiores que os previstos pelos dois.

Hadade lembra que ele e o irmão saíram de um parque gráfico imprimindo panfletos para se tornar uma empresa de tecnologia. Os negócios tradicionais mudam. De dez empreendedores, nove têm uma visão aguçada para um mundo maior. “Eles identificam o que a sociedade quer”, pontua.

Mas para o empreendedorismo dar certo, Hadade aconselha o executivo a ser correto. “Ter nome é só um, zele por ele. Tenha atitude”, conclui.

As dificuldades do empreendedorismo

Já o empreendedor Bob Wollheim acredita que além de conseguir vencer obstáculos como a burocracia, primeiro para abrir uma empresa e depois para administrá-la, o interessado em ter um negócio próprio precisa de muita sorte e paciência para obter capital e colocar seus sonhos em prática. “Tem que querer muito montar um negócio,” diz Wollheim que, além de ser diretor da Sixpix Content, é autor do livro “Empreender não é brincadeira”.

O empresário conta que nos Estados Unidos (país considerado muito empreendedor), o acesso a capital também é bem restrito. Cerca de 90% dos empreendedores não conseguem levantar recursos com facilidade.

Entre os principais vilões dos empreendedores brasileiros estão os altos juros e os encargos trabalhistas, na avaliação de Wollheim. “Quase sempre, o business plan de uma empresa assusta. Geralmente, o primeiro ano de um negócio só dá prejuízo. Se o cara não for maluco, ele não abre a empresa.”

A questão cultural é outro desestimulador do empreendedorismo na opinião de Wollheim. As grandes empresas, com a garantia de um bom emprego, inibem a vontade de arriscar em um negócio próprio. “O cara que empreende é visto como um profissional que não deu certo. Um executivo frustrado”, critica. A globalização também ajuda a podar o empreendedorismo.

HSM Online
15/12/2010

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