terça-feira, 29 de novembro de 2011

Expectativas positivas com o novo Supersimples

Recentemente a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que ajusta as faixas do Supersimples e do Microempreendedor Individual (MEI). Especialistas estão confiantes de que a ampliação provocará mudanças positivas no País

Em 2010, 80% dos novos empregos no Brasil foram gerados pelas pequenas empresas
A aprovação da Lei Complementar nº 77 de 2011 significou um avanço no Brasil e uma conquista para as micro e pequenas empresas. “As novas regras do Simples Nacional são fundamentais para impulsionar a geração de postos de trabalho no Brasil”, acredita o gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick. Segundo ele, em 2010, 80% dos novos empregos foram gerados pelas pequenas empresas.

Somente as empresas com até quatro trabalhadores foram responsáveis pela geração de 1,2 milhão de postos de trabalho no ano passado, segundo o Sebrae. Em 2011, já ultrapassaram 2 milhões os postos de trabalho gerados pelos pequenas empreendedores. Quick destaca que um dos pontos mais importantes das novas regras sancionadas pela presidente Dilma Rousseff é a figura do microempreendedor individual (MEI), criada para incentivar a formalização de quem tem ganho mensal de até R$ 5 mil. “São mais de 100 mil novas empresas por mês e o desafio do Sebrae é acompanhar esse crescimento, dando assistência a esses novos empresários”, acrescenta.

Pela nova lei, o limite de enquadramento no regime simplificado de tributação sobe de R$ 240 mil para R$ 360 mil, no caso das microempresas, e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões para as pequenas empresas. Esses são os valores que poderão ser faturados anualmente para permanecer no programa. O teto para o MEI passou de R$ 36 mil para R$ 60 mil por ano.

Com o aumento do número de empresas que poderão se manter no Supersimples e as que ainda têm a opção de escolher esse sistema, a economia brasileira sairá ganhando. Pelo menos é essa a convicção do secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago.

“A ampliação no teto vai estimular o mercado interno, protegendo o Brasil das crises internacionais”, afirma. Ele destaca, ainda, que essa é a primeira vez que ocorre aumento real no limite em todas as faixas. “Trata-se do fortalecimento das micro e pequenas empresas”, comemora.

A lei também duplica para R$ 7,2 milhões o limite de faturamento anual para as empresas exportadoras. Assim, as vendas para outros países poderão chegar ao mesmo valor das operações no mercado interno. Então, dentro desse teto, a empresa continuará enquadrada no regime simplificado.

De acordo com dados do Sebrae/RS, no Rio Grande do Sul, cerca de 70 mil empresas excederiam o limite de faturamento de 2,4 milhões e seriam excluídas do Supersimples ainda em 2011. Em relação ao MEI, a previsão é que, até o final de 2012, totalizem aproximadamente 150 mil empreendedores cadastrados desde 2009 no Estado. “A ampliação dos limites fará com que mais empresas possam optar por esse regime diferenciado de tributação e ainda impedir que algumas sejam excluídas por estarem beirando o limite de faturamento”, comenta o presidente da entidade, Vitor Augusto Koch.

Diminui a informalidade e aumenta a arrecadação

Quando se fala em informalidade, logo se pensa em burocracias de registro da empresa e em alta carga tributária. Na opinião do presidente do Sebrae/RS, Vitor Augusto Koch, o principal prejudicado com essa situação é o próprio empreendedor, pois ele não tem acesso a crédito, fornecedores e previdência social. “Se o Estado disponibiliza ao contribuinte um sistema simplificado e favorecido de recolhimento de impostos, a tendência é haver diminuição da informalidade e aumento da arrecadação”, justifica.

Um exemplo disso é o aumento de arrecadação obtido com o Supersimples e o número de empreendedores individuais formalizados. Desde a entrada em vigor do sistema, em 2007, em relação aos impostos da União, a arrecadação passou de R$ 17,6 bilhões em 2007 para R$ 26,6 bilhões em 2010. Esse aumento representa um crescimento de 51% no período. Em relação ao ICMS, a arrecadação em 2010 foi de R$ 6,2 bilhões, o que significa aumento de 253% em relação a 2007.

No caso do microempreendedor individual (MEI), desde sua criação, em 2009, já são mais de mais de 1,7 milhão de cadastros no Brasil. De acordo com gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, o dado mais importante é que 95% dos empreendedores têm incentivado a formalidade e 87% trabalham para se transformar em microempresas.

Empresários comemoram aumento do teto e avaliam a proposta

Embora algumas reivindicações da classe empresarial não tenham sido contempladas na proposta do governo federal, que ampliou o teto do Supersimples, os empresários consideram o momento vitorioso. O vice-presidente da Fecomércio do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Bohn, salienta como pontos positivos a possibilidade de parcelamento do débito tributário em até 60 meses (cerca de 500 mil empresas no Brasil poderão ser beneficiadas) e a redução da carga tributária. Sem essa facilidade, elas seriam excluídas do sistema em janeiro de 2012. Porém, segundo ele, ainda há certa frustração dos empresários, pois alguns pontos não foram valorizados. “Algumas atividades, como os representantes comerciais, não estão incluídas no Supersimples, mas vamos continuar lutando”, avisou. Os representantes comerciais, por exemplo, estão fora do sistema simplificado.

Outros pontos que ainda merecem atenção, conforme Bonh, são as questões de diferenciais de alíquotas e a substituição tributária. “A empresa paga 5% a mais de diferencial de alíquotas do ICMS sobre as compras realizadas em outros estados”, comenta.

A Fecomercio de São Paulo (Fecomercio-SP) enfatiza que muitos dos ajustes feitos na lei beneficiam mais ao fisco do que às micro e pequenas empresas (MPEs). A assessoria técnica da entidade paulista pondera que, além da ampliação dos limites da receita bruta anual para enquadramento das empresas, a LC 77/11 apresenta apenas dois pontos positivos, a simplificação dos processos de abertura e baixa, com o tempo de inatividade reduzido de três anos para 12 meses; e o incentivo à exportação.

Outro ponto questionado é quanto à revisão dos limites para adesão ao programa sob a tutela do Comitê Gestor do Simples Nacional. A federação diz que não foi a melhor decisão e acredita que o mais adequado seria estabelecer uma atualização automática das faixas, corrigidas anualmente pelo INPC, o que eliminaria os efeitos de ingerências políticas sobre o tema.

O diretor-executivo da Confirp Contabilidade, Richard Domingos, também faz esse alerta e aconselha as empresas a realizar um planejamento e analisar friamente a inclusão. “É necessário ficar atento, pois o rendimento não é a única questão que deverá ser avaliada na hora do enquadramento”, comenta Domingos.

Brasil é bicampeão em burocracia

Já é sabido que a alta carga tributária e a burocracia que envolve o recolhimento dos impostos são as principais reclamações dos empreendedores brasileiros. Levantamento feito por uma consultoria em parceria com o Banco Mundial demonstrou o custo de todos os impostos e contribuições, o número de vezes que são recolhidos no ano e o tempo gasto para apurar tudo. No Brasil, uma empresa de porte médio leva 2,6 mil horas por ano realizando esse tipo de serviço. É mais que o dobro da Bolívia e três vezes mais que a Venezuela. Nos Estados Unidos, uma empresa similar precisa de apenas 187 horas.

A pesquisa demonstrou que o Brasil é bicampeão na burocracia para recolhimento de impostos, o que quer dizer que as empresas brasileiras gastam R$ 43 bilhões por ano só para manter funcionários e equipamentos para atender todo o emaranhado tributário. De acordo com o presidente do Sebrae/RS, Vitor Augusto Koch, o Simples Nacional acaba descomplicando isso, em razão de ter efeito de imposto único, tendo uma alíquota que compreende o recolhimento de seis impostos da União, um dos estados (ICMS) e um dos municípios (ISS).
Fonte: Jornal do Comercio.com

Crescimento da economia brasileira cria 19 milionários por dia, diz Forbes

Uma reportagem publicada no site da prestigiosa revista norte-americana de economia Forbes diz que o crescimento da economia brasileira "está criando 19 milionários por dia desde 2007". Isso acontece graças ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e das taxas de consumo, diz o texto.

Dilma é 22ª em lista dos mais poderosos do mundo da Forbes. A estatística dos 19 milionários novos por dia foi medida considerando toda a riqueza individual, incluindo investimentos, propriedade, poupança e outros patrimônios, além de dinheiro, a reportagem explica. Segundo a revista, a tendência deve se repetir ao menos pelos próximos três anos. "O Brasil atualmente tem 137 mil milionários (de acordo com a lista de bilionários do mundo da Forbes em 2011) e cerca de 30 bilionários, com 70% da riqueza do País concentrada em São Paulo e no Rio de Janeiro", diz.

A revista deixa, claro, entretanto, que são milionários nos termos da economia brasileira, o que equivale a pessoas com patrimônio equivalente a cerca de US$ 540 mil. "Indivíduos com patrimônio entre US$ 539 mil e US$ 2,7 milhões (R$ 1 milhão e R$ 5 milhões) formam o grupo de novos milionários", diz a "Forbes". A presidente Dilma Rousseff aparece em 22º lugar na lista anual das pessoas mais poderosas do mundo divulgada no início do mês pela "Forbes". Entre as 70 personalidades do ranking, Dilma é a única brasileira.
Fonte: O Globo.com

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Manual da pequena empresa sustentável

Aprenda o passo a passo para tornar a sustentabilidade o diferencial competitivo de uma pequena empresa

O dia a dia corrido e atribulado de pequenas empresas muitas vezes não permite a empresários perceber a importância competitiva que a sustentabilidade pode trazer aos negócios.

Mas por incrível que possa parecer, tornar sustentável uma pequena empresa requer pouco investimento financeiro e pode trazer, em contrapartida, lucratividade, diminuição de custos, melhoria na reputação e diferenciação perante à concorrência.

“Porém, muitas destas empresas travam uma luta diária para não fecharem as portas e dificilmente se preocuparão com a sustentabilidade se não forem estimuladas a perceber os benefícios desta mudança”, alerta João Francisco de Carvalho, presidente da consultoria em sustentabilidade The Key.

Para o especialista, tornar sustentável a pequena empresa vai além de enxergar as ações de sustentabilidade como oportunidades de crescimento e os gestores devem seguir sete princípios fundamentais:

• Horizontalidade: não existe sustentabilidade que seja ligada apenas a uma área da empresa. As ações devem ser transversais, envolvendo todas as áreas de diferentes formas;
• Verticalidade: o líder deve ser exemplo, tendo uma conduta ética e responsável, estabelecendo diretrizes sem focar na hierarquia, mas na proximidade com a equipe;
• Cultura: a sustentabilidade deve estar inserida no dia a dia da empresa, fazendo parte dos valores e princípios defendidos pela organização;
• Institucionalidade: regras como metas e critérios para avaliação de desempenho devem estar claras a todos os colaboradores;
• Governança: em pequenas empresas a estrutura das tomadas de decisão é mais enxuta. Para facilitar, o proprietário deve se reunir com a equipe constantemente, além de saber atribuir e cobrar;
• Engajamento: o universo “micro” de funcionários, acionistas, fornecedores e comunidades deve ser o primeiro a ser impactado com a causa da pequena empresa;
• Cadeia de valor: escolher as empresas parceiras pautando-se nas práticas sustentáveis que elas mantém é uma forma ingressar em um ciclo de melhoria contínua para todos os participantes da cadeia.

Carvalho ainda explica que, tendo estes preceitos estabelecidos, a pequena empresa precisará passar por cinco etapas até tornar-se efetivamente sustentável:

• Formalização. “O governo dá todas as condições para o pequeno empresário sair da informalidade. Sem estar em dia com as questões tributárias, trabalhistas e sindicais é impossível que ela se torne sustentável”, diz Carvalho;

• Educação Interna: é preciso preparar os funcionários para a implementação das novas práticas. “Reuniões, palestras educativas, envio de referências e fontes de consultas, ajudam muito no processo”;

• Cesta de indicadores para os funcionários: no caso da pequena empresa, é preciso escolher quais indicadores como, por exemplo, os do GRI (Global Reporting Iniciative), poderão ser adaptados à realidade da organização;

• Estabelecimento de metas: mesmo em equipes enxutas, o crescimento sustentável da empresa depende do estabelecimento claro das atribuições de cada participante e de prazos para controle e avaliação;

• Avaliação constante: cada parte da organização deve cumprir o seu papel para o estabelecimento de um ciclo sustentável permanente.

Portal HSM

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Governo anuncia salário mínimo de R$ 622,73 ao Congresso

O governo anunciou ao Congresso Nacional a elevação do valor do salário mínimo para R$ 622,73 a partir de 1º de janeiro de 2012. A previsão era R$ 619,21, com a revisão aumentou R$ 3,52. O reajuste consta da atualização dos parâmetros econômicos utilizados na proposta orçamentária de 2012. O anúncio foi enviado em ofício do Ministério do Planejamento.

O projeto orçamentário encaminhado ao Congresso, em agosto passado, foi feito com previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 5,7%. Com a atualização que elevou a inflação para 6,3 %, também haverá a elevação do reajuste do salário mínimo, que era 13,62% para 14,26% em relação ao atual valor que é de R$ 545,00.

A política de recuperação do salário mínimo prevê reajuste com base na inflação de 2011 mais a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010, que foi de 7,5%. Com a projeção de aumento do INPC haverá também aumento nos benefícios assistenciais e previdenciários para os que recebem acima de um salário mínimo. A previsão de reajuste para esses casos subiu de 5,7% para 6,3%.
Fonte: Jornal do Comercio.com.br

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Warren Buffett paga US$10,7 bilhões por fatia de 5,5% na IBM

Warren Buffett anunciou que ele e a sua Berkshire Hathaway acumularam uma participação de 5,5 por cento na IBM, a maior aposta do investidor bilionário no ramo da tecnologia, que ele historicamente sempre evitou.

Buffet se disse convencido do plano a longo prazo da IBM e da posição enraizada em grandes negócios, parte da vantagem competitiva que procura quando investe em alguma companhia.

"Não conheço nenhuma outra grande companhia que seja realmente tão especializada como a IBM é no que se propõe a fazer e como se propõe a fazer", declarou Buffett durante entrevista à CNBC nesta segunda-feira.

Esse movimento coloca o capital de Buffett precisamente no coração da indústria de tecnologia, setor que ele sempre evitou com a explicação de que simplesmente não entendia sobre ela.

"É mais uma confirmação de que ele vê o que é internacional como mais importante", afirmou o presidente-executivo da gestão de riquezas YCMNET Advisers, Michael Yoshikam, que cuida de mais de 1 bilhão de dólares em ações da Berkshire.

Buffett disse ter comprado cerca de 64 milhões de ações da IBM, pagando por 10,7 bilhões de dólares. A Berkshire começou a comprar as ações em março, com uma meta de construir uma posição de 10 bilhões de dólares, segundo ele.

O investidor afirmou que a IBM não sabia que ele estava construindo uma participação e que a companhia só teve ciência do investimento com a revelação na entrevista.
Fonte: Estadão.

Mais ricos têm renda 39 vezes maior que os mais pobres, diz Censo 2010

Segundo IBGE, receita média mensal per capita do brasileiro é de R$ 668, entretanto, dados indicam que metade da população recebia até R$ 375, inferior ao salário mínimo do período

Embora pesquisas apontem quedas sucessivas na desigualdade de renda no Brasil, dados do Censo 2010 divulgados nesta quarta, 16, mostram que os 10% mais ricos no País têm renda média mensal trinta e nove vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha (R$ 137,06) durante três anos e três meses para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico (R$ 5.345,22).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os 10% mais pobres ganhavam apenas 1,1% do total de rendimentos. Já os 10% mais ricos ficaram com 44,5% do total. Outro recorte revela o rendimento médio no grupo do 1% mais rico: R$ 16.560,92. Os dados valem para a população de 101,8 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais de idade e algum tipo de rendimento em 2010. A renda média mensal apurada foi de R$ 1.202. Levando-se em conta os habitantes de todas as idades, o IBGE calculou a renda média mensal per capita de R$ 668. O Censo indica, porém, que metade da população recebia até R$ 375 por mês, valor inferior ao salário mínimo oficial em 2010 (R$ 510).

O IBGE também mostra que as cidades de porte médio, com população entre 10 mil e 50 mil habitantes, foram as que apresentaram a maior incidência de pobreza. Enquanto a proporção de pessoas que viviam com até R$ 70 de rendimento domiciliar per capita era, em média, de 6,3% no Brasil, nos municípios de 10 mil a 20 mil habitantes esse porcentual era o dobro (13,7%), com metade da população nessas cidades vivendo com até meio salário mínimo per capita. Já nas cidades com população superior a 500 mil habitantes, menos de 2% recebiam até R$ 70 per capita e cerca de um quatro (25%) vivia com até meio salário mínimo de rendimento domiciliar per capita.

Entre as capitais, segundo o IBGE, manteve-se a tendência de melhores níveis de rendimento.
Fonte: Estadão.com.br

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ciclovia da Avenida Ipiranga

Prefeito, que inaugurou o trajeto em setembro, garantiu a continuidade das obras.

O secretário da Infraestrura e Logística do Estado, Beto Albuquerque, deu declarações polêmicas a respeito da ciclovia da Avenida Ipiranga. De acordo com ele, o traçado em construção desde o mês de setembro, em Porto Alegre, colocaria em risco os ciclistas por ter sido delimitado sob a rede de fios de alta tensão e em cima de tubos condutores de gás natural.

Beto Albuquerque alega que ao longo dos quase dez quilômetros do trajeto - às margens do Arroio Dilúvio, entre as avenidas Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio) e Antônio de Carvalho - os usuários da ciclovia estarão expostos a acidentes e até a possíveis explosões. Em entrevista a emissoras de rádio, ele justificou que esta é uma opinião pessoal, que não impede o andamento das obras.

Questionado sobre a possibilidade de tentar interromper as obras, já que a ingerência do cargo o permitiria, Beto fez questão de ressaltar que sua "opinião" estava embasada em ressalvas contidas no documento da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) que autorizou as obras da ciclovia. "Minha opinião é técnica e não se pode afirmar que não há riscos no local. Quando se programa este tipo de aglomeração em uma área de risco é preciso ter responsabilidade", enfatizou.

Perguntado sobre os riscos já existentes no local, Beto ainda ressaltou que os motoristas que circulam pela Avenida Ipiranga estão mais protegidos. "Os motoristas estão protegidos pelos veículos, mas os ciclistas que terão de circular, por cerca de 10 quilômetros, no traçado estão expostos aos acidentes", concluiu.

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, demonstrou insatisfação com a manifestação de Beto Albuquerque. Fortunati revelou surpresa com as declarações, tendo em vista que "jamais" recebeu qualquer tipo de notificação oficial do secretário. "Tomei conhecimento das declarações pela imprensa e fiquei espantado com o conteúdo", afirmou.

Fortunati defendeu a ciclovia e disse acreditar que o verdadeiro risco aos ciclistas seria o de continuar circulando entre os veículos. O prefeito alegou que os fios de alta tensão e, sobretudo, as tubulações de gás natural foram autorizados pela CEEE. Sobre as ressalvas no laudo, ele ressalvou que "todas estão sendo observadas" e lembrou que na mesma avenida há uma passarela, feita em aço, muito próxima à rede de energia e serve para a travessia de milhares de pedestres entre a Pucrs e o Hospital São Lucas."Tenho a convicção de que os ciclistas estarão muito mais seguros na ciclovia do que circulando entre os carros", assegurou.

Apesar da polêmica, Fortunati garantiu a continuidade das obras. A previsão é de que o traçado da ciclovia seja concluído no primeiro semestre de 2012. A faixa especial para os ciclistas terá 9,4 quilômetros e está orçada em R$ 2,5 milhões, com recursos provenientes de uma parceria entre o Grupo Zaffari e o shopping Praia de Belas. O trajeto terá piso na cor vermelha, sinalização horizontal e vertical e semáforos específicos.

Sulgás apresenta comunicado sobre rede de gás natural

A Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul - Sulgás, empresa responsável pela construção e operação de gasodutos de distribuição no Estado, se manifestou sobre a rede de gás natural instalada na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre.

Segundo o comunicado, a tubulação de aço naquele local está enterrada a um metro de profundidade, protegida por placas de concreto e sinalizada de acordo com as normas técnicas. "O referido gasoduto foi projetado e construído, considerando-se a existência da rede elétrica de alta tensão, situação usualmente encontrada quando da construção de redes de gasodutos, plenamente contornável e admissível, sob o ponto de vista técnico".

Para neutralizar os efeitos de uma possível indução eletromagnética causada pelas linhas de alta-tensão, a empresa informa que existe um sistema de aterramento para correntes induzidas. Além disso, a tubulação é provida de um sistema de proteção catódica dimensionado para tal situação. A integridade da rede é mantida também através de um plano de inspeções e manutenções preventivas.

A Companhia ainda ressalta que constrói a sua rede de gasodutos mediante pareceres dos órgãos competentes e licenciamento ambiental. Portanto, não existem irregularidades no gasoduto em questão.

No que diz respeito à execução da ciclovia, a Sulgás afirma que já foram repassadas aos agentes responsáveis pela execução dessa obra, as orientações quanto aos cuidados necessários para manter a integridade de todos os elementos da rede de gasodutos durante a obra.
Fonte: Jornal do Comércio.com

domingo, 6 de novembro de 2011

Groupon é líder em reclamações sobre compras coletivas no Procon-SP

Peixe Urbano e Clube do Desconto ocupam a segunda e terceira posições no ranking

O mercado de compras coletivas está na mira da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), que começa a monitorar mais de perto as empresas do segmento. O site Groupon, que nesta sexta realizou um IPO milionário nos Estados Unidos, aparece em primeiro lugar no ranking de reclamações do setor elaborado pela instituição. Os números ainda são pequenos quando comparados ao total de queixas relacionadas a compras na internet, mas vem ganhando força, garante o órgão.
Segundo a pesquisa, foram realizados 190 atendimentos na capital paulista de queixas sobre o Groupon de janeiro a 30 de setembro deste ano. Na segunda posição aparece o Peixe Urbano, com 125 registros. Clube do Desconto e ClickOn vêm na sequência, ambos com mais de 100 atendimentos no período. Quando a pesquisa é ampliada para todas as compras online, os números dão um salto. Apenas no primeiro semestre de 2011, o Procon-SP registrou mais de 22 mil chamados sobre este meio de consumo.
"O site de compras coletivas é tão responsável pelo problema quanto o estabelecimento que oferece o serviço ou produto", afirma o diretor-executivo do Procon-SP, Paulo Góes. Segundo ele, as empresas já foram notificadas sobre as reclamações e a multa por descumprimento ao direito do consumidor pode chegar a R$ 6 milhões.
As principais queixas sobre o setor envolvem a não entrega do produto e dificuldades com o cancelamento do pedido. "A questão não é ter problemas, mas sim como a empresa lida com isso. Os consumidores precisam ter canais ágeis para que as falhas sejam resolvidas rapidamente e com eficiência juntos aos fornecedores", diz Goés.
A bancária Cláudia Quaglia comprou em julho um tablet e um netbook por meio de uma promoção do Groupalia, que ocupa a sétima posição no ranking, e até hoje não recebeu os produtos. Há quinze dias ela foi comunicada que receberia o valor do tablet de volta, mas o dinheiro ainda não foi depositado. Sobre o computador, a promessa é que será entregue pelo menos até o Natal. "Sempre usei sites de compra coletiva, mas hoje tenho medo de perder dinheiro", diz ela, que já registrou queixa no Procon.
No Facebook, uma comunidade chamada "Processo Coletivo: Groupalia, Groupon e Fluente Celular" reúne mais de mil membros que foram lesados pelas empresas e pelo fornecedor na compra de TVs, câmeras e outros produtos eletrônicos. A página recebe atualizações diárias sobre as negociações com os sites e processos abertos na Justiça.
Questionada sobre a liderança no ranking, o Groupon afirmou que "muitas das reclamações devem-se ao fato de o comprador não ler com atenção as regras da oferta". A empresa diz ainda que o primeiro lugar no levantamento é "um fato pontual, que se deve a problemas com parceiros específicos, que já estão sendo solucionados".
www.estadão.com.br

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Comissão no Senado amplia competências do Banco Central

Projeto acrescenta às atribuições do BC o estímulo ao crescimento da economia e à geração de empregos

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira, 1º, projeto que altera as competências do Banco Central, acrescentando ao rol de atribuições da autoridade monetária o "estímulo ao crescimento econômico e à geração de empregos". Por se tratar de projeto de lei complementar, a matéria tem de ser aprovada no plenário do Senado, exigindo-se quorum qualificado - mínimo de 41 votos favoráveis. Em seguida, a matéria seguirá para a Câmara.

O rol de competências do BC contempla, atualmente, "perseguir a estabilidade do poder de compra da moeda, garantir que o sistema financeiro seja sólido e eficiente". Para justificar o projeto de sua autoria, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) alegou que o Banco Central deve inserir-se "de forma explícita, dentro do projeto de desenvolvimento do País".
Fonte: Estadão.