terça-feira, 30 de novembro de 2010

América Latina reduziu pobreza depois pós-crise, diz Cepal

América Latina conseguiu reduzir pobreza depois de recuperação econômica pós-crise, diz Cepal

A recuperação econômica ocorrida na maioria dos países da América Latina após a crise financeira internacional de 2008 foi a responsável pela queda da pobreza e da indigência na região, de acordo com relatório divulgado hoje (30), no Chile, pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

O Panorama Social da América Latina 2010 afirma que 32,1% dos latino-americanos permanecem em situação de pobreza e 12,9% são considerados indigentes. Isso corresponde a 180 milhões de pessoas, estatística semelhante à de 2008.

De acordo com a Cepal, apesar da forte repercussão da crise financeira internacional na América Latina, existe otimismo no sentido de que a região estaria retomando a tendência de redução da pobreza iniciada em 2003.

Na maior parte dos nove países analisados pela Cepal, a pobreza diminuiu. O exemplo do Brasil é citado no documento, tomando como base a queda verificada em 2008 e 2009, período em que a pobreza caiu de 25,8% para 24,9%. A Argentina, o Chile, o Paraguai, a República Dominicana e o Uruguai também registraram queda no índice de pobreza.

No mesmo período, porém, a pobreza aumentou em outros países, como a Costa Rica (de 16,4% para 19,9%) e o Equador (de 39% a 40,2%). Num intervalo um pouco maior, de 2006 a 2008, o México registrou aumento da pobreza de 31,7% para 34,8%.

O relatório da Cepal diz que a combinação entre o aumento do emprego, nos lugares mais pobres, e investimentos governamentais destinados a reduzir o impacto da crise internacional resultaram na queda da desigualdade na América Latina. O balanço dos últimos sete anos é positivo para a maioria dos países, segundo o órgão.

As sociedades latino-americanas mais igualitárias são, de acordo com o documento, as que apostam com mais vigor na educação para todos os grupos sociais. A educação, aliás, é apontada pela Cepal como um dos principais fatores que permitem reverter a desigualdade e igualar as oportunidades de bem-estar e produtividade para o conjunto da sociedade.

Uma boa notícia mostrada pelo documento da Cepal é que os gastos públicos para o setor social aumentaram fortemente entre 1990 e 2008 na América Latina. Isso significa, em termos absolutos, aumento de US$ 445 para US$ 880 dólares por pessoa e, em termos relativos, alcança de 12,3% a 18,4% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países.
Fonte: Agência Brasil

domingo, 28 de novembro de 2010

Mídias sociais - Carro colaborativo já é uma realidade

No setor automotivo, o uso de mídias sociais partiu de uma iniciativa da Fiat. Veja de que modo um dos mercados mais conservadores começa a abrir oportunidades para o consumidor opinar sobre seus produtos. Confira!

Quem já imaginou que um dia a indústria automobilística, sempre muito fechada e preocupada com o sigilo, principalmente em seu departamento de pesquisa e desenvolvimento, fosse convidar seus consumidores e público em geral para participar da criação de um novo veículo, opinando sobre os itens desejados?

Essa situação se tornou realidade quando a Fiat lançou o projeto do Fiat Mio, o primeiro carro feito de forma colaborativa com os consumidores e que foi lançado no salão do automóvel de São Paulo, em outubro deste ano. A ação inicia uma importante mudança sobre de que modo as montadoras interagem com seus clientes e consumidores.

Na fase inicial do projeto, os consumidores foram consultados e participaram dando opiniões sobre todas as etapas de desenvolvimento do automóvel. As ideias foram estudadas e interpretadas pela Fiat e deram origem a um importante briefing para a construção dos protótipos apresentados no site, de modo que os internautas puderam votar nos modelos que mais representavam as discussões na redes sociais.

Um ponto importante que pudemos notar ao longo deste projeto, foi a constante ativação feita no site por parte da montadora, com o objetivo de atrair e fomentar as discussões na rede, proporcionando aos consumidores a experiência de acompanhar todo o processo de produção do veículo por meio de vídeos e depoimentos divulgados no hotsite.

Além disso, por se tratar de um carro-conceito, em que novas tecnologias e materiais são testados para que, futuramente, sejam aplicadas na produção em série das unidades, as inovações vão ao encontro da pergunta inicial do processo colaborativo aplicado inicialmente pela Fiat: como deve ser o carro do futuro?

O conceito de buscar ideias e fontes externas de conhecimento é conhecido como inovação aberta (open innovation), termo criado por Henry Chesbrough que discute um novo caminho para a inovação por meio da colaboração de diversos atores da cadeia de valor. O objetivo é buscar novos conhecimentos e tecnologias. Essa iniciativa tem atraído a atenção de grande quantidade de pesquisadores e empresas.

Mas como mobilizar e envolver um número significativo de consumidores, das mais diversas localidades e regiões geográficas? A resposta encontramos nas tecnologias WEB 2.0 disponíveis, como blogs, redes sociais e twitter.

Fontes de inspiração

Em seu livro “Fenômeno Sociais nos Negócios”, Charlene Li descreve as principais áreas organizacionais que as mídias sociais estão sendo utilizadas e a forma com que as equipes de marketing encontraram para escutar seus clientes, buscando percepções e também falando com seu público. Além disso, a escritora apresenta de que modo a área de pesquisa e desenvolvimento pode incluir clientes, fornecedores e demais stakeholders no processo de inovação e criação de novos produtos e serviços.

Em relação à área de atendimento ao cliente, as mídias sociais vêm desempenhando um importante papel de suporte aos clientes, como ocorre com o fórum de suporte na comunidade da Dell, em que os próprios consumidores contribuem para o esclarecimento de dúvidas e orientações a outros consumidores.

Assim, as empresas têm recorrido às mídias sociais cada vez mais e a indústria automobilística também está seguindo esta tendência, afinal como já vimos, vários departamentos podem ser beneficiados com essas ferramentas, utilizadas em larga escala por seus consumidores.

Assim, a visão colaborativa ganha força em todas as ações da Fiat. Outro bom exemplo além do Fiat Mio é o blog criado para divulgar o levantamento e desenvolvimento do modelo Línea no Brasil.

Outras montadoras seguem a mesma linha. A General Motors também já utiliza as redes sociais para fazer uma campanha online para lançar novos modelos, tais como o Agile, que ganhou um hotsite.

Grandes empresas e companhias não podem deixar de usufruir os benefícios das mídias sociais, uma vez que as pessoas estão utilizando estas ferramentas para conectarem-se umas com as outras e falam sobre os produtos, serviços e sobre a imagem que tem sobre as marcas que adquirem.

Por isso, resta a pergunta: a sua empresa já está preparada para entrar nessa onda proporcionada pelas mídias sociais?

Fonte:HSM Online

sábado, 27 de novembro de 2010

Veja como fazer para mandar o seu vídeo colaborativo

Ajude a Globo News a fazer a notícia enviando seu vídeo.

Quer participar das reportagens da Globo News? É muito simples enviar o seu vídeo. Basta você gravar a imagem desejada – pode ser na sua máquina digital, na filmadora ou no celular – passar o arquivo para o computador e seguir as instruções que estão no nosso site. Os arquivos deverão ter a extensão WMV, MOV, AVI, MPEG, FLV, 3GPP, H263, MP4, ou DV com até 50 MB de tamanho. Para que seu vídeo tenha mais chances de entrar na nossa programação, recomendamos que a imagem seja gravada em locais claros ou com boa iluminação.

Veja o passo a passo de como arquivar seu vídeo no computador:

Da sua máquina digital:

- As câmeras digitais vêm com um cabo que permite passar suas fotos e vídeos para o computador. Esse cabo deve ser conectado uma ponta na sua máquina digital e a outra na entrada USB do seu computador.

- Ligue a máquina digital. Nesse momento, os arquivos da máquina – fotos e vídeos – aparecerão automaticamente em uma pasta do seu computador.

- Nesta pasta, escolha o vídeo que deseja mandar e siga o passo a passo.

Do seu celular:

- Se seu celular tiver um cabo USB siga as mesmas instruções da máquina digital.

- Caso seu aparelho possua o sistema Bluetooth, você vai conseguir transferir o arquivo sem precisar de um cabo. Veja como fazer no manual de seu celular.

Da sua filmadora:

- Se a filmadora tiver um cabo USB siga as mesmas instruções da máquina digital ou veja as instruções no manual.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Introdução ao recrutamento e seleção

Resumo

Virou comum a terceirização de serviços ao sistema de Administração de Recursos Humanos das Organizações (ARH), principalmente, prestações de serviços ao subsistema de Recrutamento e Seleção de Pessoal. Neste contexto, administradores, tecnólogos em gestão de RH, psicólogos e estudantes destas graduações tem sido requisitados em consultorias de RH, agências de emprego e afins. Visando esclarecer a comunidade de Administração, RH e demais interessados, o presente artigo apresenta a introdução a prática de recrutamento de pessoas via subsistema de recrutamento e seleção de pessoal, sob a perspectiva de profissionais de Consultoria de RH. O conteúdo abarca informações que permitirão o público, uma reflexão sobre as etapas, técnicas, fontes e processos de recrutamento, captação e atração de pessoas.


Palavras Chaves: Recrutamento de pessoal, captação de candidatos, fontes de recrutamento.

O termo “recrutamento” pode facilmente ser encontrado em dicionários, como por exemplo, na versão on line do http://www.priberam.pt/ como ato ou efeito de recrutar uma leva de recrutas. Sua morfologia e significado teve origem, praticamente nos exércitos, pois estava vinculado a prática de captar recrutas para vagas de futuros soldados ou postos de guerrilha. Rapidamente o termo, bem como seu objetivo (captação de pessoas) foi ampliado para o sistema de RH, em especial, ao subsistema de Recrutamento e Seleção de Pessoal.

Chiavenato propôs em 1983 que a seleção de Recursos Humanos poderia ser definida singelamente como a escolha do homem certo para o cargo certo, ou, mais amplamente entre os candidatos recrutados para um processo seletivo, aqueles mais adequados aos cargos existentes da organização visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho no quadro de pessoal Esta afirmação sugere que o papel primordial do selecionador de pessoal fosse então, garantir enquanto estratégia de gestão de Recursos Humanos, a eficiência das atividades mediadas por organismos dentro das organizações mantendo ou elevando a produtividade via seleção de perfil psicológico.

Tal qualidade está automaticamente vinculada a prática de recrutamento, foco deste artigo. Compreendemos a prática de recrutamento como as seguintes etapas: A) Recebimento da Vaga; B) Anúncio ou divulgação de vagas em fontes e parceiros de recrutamento; C) Análise e triagem de currículos oriundos destas ações; D) Convocação de candidatos para processos seletivos. Abordando-os de forma introdutiva, porém detalhada, podemos entendê-los como:

1.1 – Recebimento da Vaga

O trabalho de recrutamento inicia-se no momento em que se recebe a liberação da vaga, solicitação de pessoal, perfil profissiográfico ou afim. Embora a nomenclatura deste documento se diferencie de empresa para empresa, o objetivo é único: munir a divisão de recrutamento e seleção sobre os dados e critérios que servirão de base para preterir ou aprovar currículos.

Em algumas empresas, o RH atua como staff ou Consultoria Interna junto aos departamentos requisitantes no desenho do perfil de uma vaga. Em agências de emprego e Consultoria de RH, quando recebemos uma vaga, ligamos para os clientes para confirmar o recebimento e automaticamente, aproveitamos a contingência para esclarecer ou flexibilizar os requisitos para o desempenho de um cargo vago.

Negligenciar quaisquer informações a respeito do perfil de um cargo é sinônimo de comprometer o recrutamento e portanto, o processo seletivo como um todo. Estando em harmonia com este item, podemos prosseguir a etapa 1.2.

1.2 – Anúncio ou divulgação de vagas em fontes e parceiros de recrutamento

Na etapa de anúncios, podemos proceder com três condutas: I) Recrutamento interno; II) Recrutamento Externo ou C) Recrutamento Misto.

• Recrutamento Interno: Consiste nas práticas empregadas à divulgação de vagas em aberto dentro das empresas ou organizações, focando o mercado de mão – de – obra interno, como por exemplo, um Tease, anúncio na copa, e-mail, comunicado formal ou semelhante, com o intuito de recrutar colaboradores de outros departamentos que tenham interesse em mudar de àrea atítulo de promoção, interesse profissional ou semelhante. A Grande vantagem de um recrutamento interno é o baixo custo com fontes de recrutamento. A desvantagem, é que ingressamos em um circulo vicioso, ou como diríamos no senso comum, “cobre um santo e descobre outro”. Caso um colaborador venha ser aprovado para um processo de recrutamento e seleção interno, a vaga dele no seu antigo cargo, provavelmente abrirá junto ao subsistema de recrutamento e seleção de pessoal.

• Recrutamento Externo: Consiste nas práticas empregadas à divulgação de vagas em aberto para o mercado de mão – de – obra externo à organização / empresa, como por exemplo, anúncios em jornais, contratação de agências de emprego, consultorias de RH e afins. As vantagens consistem em uma gama diversificada de perfis para proceder com seleção de pessoal e agilidade na captação de pessoas. As desvantagens são geralmente, custo e desmotivação de colaboradores internos ao não serem considerados para processos seletivos da empresa.

• Recrutamento Misto: Consiste nas práticas empregadas à divulgação de vagas em aberto para o mercado de mão – de – obra interno e externo. As vantagens concentram uma flexibilidade de cenário e vantagens estratégicas mencionadas nos itens anteriores, bem como a flexibilidade para com as conseqüências negativas.

Consideramos algumas fontes e parceiros de recrutamento:

- Instituições de Ensino (Técnico, Médio, Graduação, Pós Graduação, Profissionalizante, Qualificação profissional e afins);
- Sites;
- Jornais (Locais, Nacionais, regionais) e Mídias;
- Instituições diversas (Ongs, Associações, Igrejas, eventos, etc);
- Anúncio (s) na porta da empresa ou consultoria;
- Agência de Emprego, Consultoria de RH; Outplacement e afins;
- Indicação de candidatos ou funcionários;
- Indicação de empresas parceiras, fornecedores e clientes;
- Internet e seus recursos;
- Etc.

Em aspectos gerais, a escolha de fontes de recrutamento varia conforme perfil da vaga, criatividade do recrutador e recursos financeiros e institucionais da empresa.

1.3 - Análise e triagem de currículos oriundos destas ações

O currículo é praticamente o “cartão de visita” dos candidatos recrutados ou interessados em oportunidades de trabalho junto a uma empresa. Não temos uma “fórmula” mágica ou modelo padrão, pelo contrário, nossa experiência ilustra uma grande diversidade na conduta de confeccionar este “cartão de visita”. Embasados em nossa experiência, sugerimos:

• Origem: A palavra Currículo Vitae é de origem latina e traduz-se como “trajetória de vida”. Hoje em dia, não utilizamos mais esta nomenclatura e nem é necessário colocar “Currículo”. Indicamos como Título, o nome do candidato.
• Abas: é necessário dados pessoais (endereço, telefone, bairro, CEP, estado civil, nacionalidade e e-mail), Objetivo (Departamento e cargo de interesse), Experiência profissional (Empresas onde já trabalhou, tempo que permaneceu, destacando cargo, data de entrada, saída e síntese de atividades desenvolvidas), escolaridade (técnico, médio, graduação, pós – graduação e afins), idiomas (em caso de tê-los, indicar nível e instituição onde cursou), Informática (Indicar softwares que sabe operacionalizar, caso tenha feito curso, adicionar a escola e período), Atividades extra – currículares (em caso de estágios supervisionados, atividades filantrópicas e afins).
• Lay out: O segredo é nada muito extravagante, com português correto, objetivo, claro, conciso.

Tendo o currículo em mãos, o recrutador / selecionador de pessoal verificará se o candidato tem os pré – requisitos da vaga em aberto, em caso de afirmativo, abordará o candidato para uma entrevista, em caso de negativo, o candidato fica preterido nesta etapa da seleção.

Particularmente, em processos de recrutamento em agências e consultorias de RH, onde a demanda de currículos é muito grande, qualquer detalhe do candidato que não esteja compatível com o perfil da vaga, o retira do processo. No caso de recrutamento interno, é possível levar em consideração outros dados além do currículo, como por exemplo, a avaliação de seu gestor imediato.

Outro aspecto a ser considerado é a fidedignidade das informações mencionadas no currículo. Se o candidato coloca cursos, o ideal é que traga na entrevista, cópia destes. Se coloca informações sobre experiência, o ideal é que traga na entrevista sua carteira de trabalho e assim por diante. Como o agendamento de entrevistas é a ponte entre o recrutamento e a seleção de pessoal propriamente dita, é necessário estes cuidados metodológicos para não incluirmos candidatos negligentes ou inadimplentes com as informações mencionadas em seus currículos.

1.4 - Convocação de candidatos para processos seletivos

Ao convocar candidatos para fase de entrevistas, o ideal é utilizar uma abordagem que perpasse os seguintes itens:

- Empatia;
- Clareza;
- Apresentação da empresa;
- Apresentação da Vaga, focando condições de trabalho;
- Etc.

Podemos utilizar o período de contato telefônico com os recrutados para analisar:

- Fluência verbal;
- Expectativas;
- Motivação para participar do processo;
- Desenvoltura;
- Etc.

1.5 - Conclusão

Parece simples, mas está longe de ser prático ou reducionista, as rotinas de um recrutador de pessoal. Recrutar é apenas uma parte, uma gama de comportamentos e processos que se reporta ao subsistema de Recrutamento e seleção de Pessoal.

Ao iniciar um processo de recrutamento, sem atentar-se aos cuidados acima citados, é o mesmo que atropelar pequenos passos, que posteriormente, trarão como consequências, o comprometimento da qualidade ao que Chiavenato propôs em 1983: "Escolha do candidato certo ao cargo certo".

Se queremos escolher, selecionar, providenciar que determinados candidatos sejam alocados em determinados cargos, devemos ir além da troca de ofertas entre mercado de trabalho x mercado de mão - de - obra, devemos envolver parceiros, instituições, escolher estratégias, analisar cenários, perfis de vagas, perfis de candidatos, especificidades de regiões, àreas, campos, ciências, e assim por diante.

Estar atento a estes cuidados, também se faz função de um recrutador de pessoal em Organizações do Trabalho.
Fonte: Administradores.com.br

domingo, 21 de novembro de 2010

Trabalho RS bate recorde

Rio Grande do Sul bate recorde na criação de empregos
Nos primeiros dez meses do ano, foram criadas 159.729 vagas

O Rio Grande do Sul bateu recorde na criação de empregos de janeiro a outubro deste ano. Nos primeiros dez meses, houve acréscimo de 159.729 postos de trabalho, um crescimento de 7,28% em relação ao mesmo período do ano passado. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério de Trabalho e Emprego

Em termos absolutos e relativos, esse foi o melhor desempenho para o período de toda a série histórica do Caged. Nos últimos 12 meses, verificou-se crescimento de 7,97% no nível de emprego ou 173.728 postos de trabalho.

Em outubro, foram gerados 18.592 empregos formais, uma expansão de 0,80% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. A expansãom, conforme o Caged, deveu-se principalmente ao crescimento nos setores de comércio, serviços e indústria.

Desempenho do país
Com a criação de mais 204 mil novos empregos em outubro, o mercado de trabalho brasileiro alcançou a marca recorde de 2.406.210 novos empregos criados em 2010, superior em 12% ao recorde anterior, de 2008: 2.147.971.
Fonte: ZH DINHEIRO

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Conquistar um emprego

Os dez mandamentos para fazer uma mudança de emprego

Muitos executivos e profissionais desejam fazer uma mudança do seu atual emprego por diversas razões, tais como:
• Insatisfação salarial, incompatibilidade com o chefe, com o trabalho em si, com o ambiente ou
• Falta de perspectiva de crescimento ou
• Desequilíbrio das vidas pessoal e profissional, social, familiar ou
• Incompatibilidade do emprego com sua vocação ou qualificações ou
• Infelicidade, ou melhor, falta daquela “paixão” que o faz pular da cama toda manhã.

Para ajudá-lo na procura de um novo emprego, ofereço as seguintes dicas ou ponderações para que você possa contemplar o “o que”, “o porquê”, e o “o como” antes de mergulhar-se nesta empreitada. Chamei estes pontos de “Os dez mandamentos por conveniência”:

Os dez mandamentos
1. Procure saber o porquê e para quê você quer mudar, mas tendo em mente sempre o desenvolvimento do seu verdadeiro potencial.

2. Paute sua mudança em cima de uma sólida base de autoconhecimento, levando em conta seus pontos fortes, pontos fracos, o que você gosta e não gosta.

3. Ouça a opinião e a voz dos especialistas do mercado e dos seus confidentes, mas também, e principalmente, a sua voz interior, da sua intuição, da sabedoria, da sua consciência, da sua alma.

4. Analise criteriosamente como a mudança afetará suas situações: profissional, pessoal, financeira, social e de sua família.

5. Trabalhe em cima da sua empregabilidade de forma pró-ativa e não reativa, ou seja, mostrando ao mercado o que você tem de melhor para oferecer, ao invés de reagir ao que o mercado tem de melhor para lhe oferecer.

6. Faça um cuidadoso planejamento, com uma criteriosa avaliação dos seus recursos financeiros, pessoais e materiais.

7. Estabeleça seu objetivo final definindo, qualitativamente e quantitativamente, o que você quer e o prazo para consegui-lo.

8. Passe da Intenção para a Decisão. Transforme isto em Ação e, em face a eventuais fracassos, insucessos ou decepções, dê Sustentação ao seu projeto e não desista facilmente dos seus sonhos (Dica do I.D.A.S).

9. Por melhor que tenha sido seu planejamento estratégico, avalie outras possíveis alternativas e mantenha um plano alternativo ou “contingency plan” na manga.

10. A todo o momento, lembre-se de manter o equilíbrio, autocontrole, auto-estima e esperança, preservando sua saúde física, mental e espiritual. Ou, senão, de nada valerá todo esse esforço!
Fonte: HSM

Cidadania - Defesa do consumidor Lei nº 8078

Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.

Neste link encontrará a lei atualizada - Dos Direitos dos Consumidores.

Cidadania - Procons

Atendimentos nos Procons já passam de 1 milhão em 2010

Brasília - Mais de 1 milhão de atendimentos já foram registrados pelos Procons de todo país ao longo deste ano. Segundo dados do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (Sindec), os consumidores do estado de São Paulo foram os que mais recorreram ao órgão para fazer reclamações e esclarecer dúvidas. Já o Maranhão foi o que teve menos procura até o final de outubro.

A maior parte das reclamações dos consumidores concentra-se nos segmentos financeiros (bancos, cartões de crédito, financeiras e consórcios). Ao todo, foram mais de 325 mil queixas para esse setor. A insatisfação com os produtos em geral (carro, eletrodomésticos, entre outros) ficou em segundo lugar na lista de demandas nos Procons, sendo responsável por cerca de 313 mil atendimentos.

Já os serviços considerados essenciais como telefonia, produção e distribuição de energia, abastecimento de água e tratamento de esgoto ficaram na terceira posição, sendo responsáveis por mais de 230 mil reclamações em todo país.

São Paulo foi o estado em que os consumidores mais procuraram o Procon. Ao todo foram 306.777 atendimentos até o final de outubro. Em Goiás, segundo na lista do Sindec, foram registradas 126.141 demandas e no Distrito Federal (DF), terceiro, foram 125.359 procuras durante o ano de 2010.

Segundo o diretor do Procon-DF, Oswaldo Morais, o consumidor está cada vez mais buscando seus direitos. “Hoje em dia todo mundo já sabe que tem direito e que pode reivindicar isso. O consumidor, em geral, já criou a cultura de procurar o Procon para resolver problemas de insatisfação nos mais diversos serviços recebidos”.

Os estados do Rio Grande do Norte, Piauí, Amapá, Maranhão e de Sergipe, entretanto, não chegaram a registrar 10 mil atendimentos ao longo de 2010. No Maranhão, foram apenas 7.073 atendimentos no decorrer do ano. Isso representa menos de um terço dos atendimentos do Procon no Distrito Federal, que tem o menor território das áreas federativas do Brasil.

Segundo o coordenador geral do Sindec, Francisco Rogério Lima, a diferença no número de atendimentos e de procura nos Procons dos estados tem relação com o número de postos de atendimentos. "A população conhece muito o Procon. É uma marca que tem muita credibilidade perante a população. A diferença na escala decorre muito mais da quantidade de postos de atendimento do que em função do desconhecimento dos consumidores", afirmou em entrevista à Agência Brasil.

Dos cinco estados com menor procura ao Procon, apenas o Rio Grande do Norte tem mais postos de atendimento do que o Distrito Federal. São 16, sendo 15 em Natal e um em Mossoró, enquanto no DF são 12. No total, o Piauí tem apenas três postos do Procon, em Teresina. No Amapá são cinco; em Sergipe são dois; e no Maranhão são quatro. Todas essas unidades estão localizadas nas capitais dos estados.

De acordo com o coordenador do Sindec, existem unidades estaduais do Procon em todos os estados, mas ainda há poucas unidades municipais. "O Brasil tem mais de 5 mil municípios e destes, cerca de 95 apenas têm postos. Temos incentivado a criação de Procons municipais e isso já vem acontecendo nos últimos anos", afirmou Francisco.
Fonte:Agência Brasil

Desmatamento - Mata Atlântica


Ibama flagra desmatamento de oito hectares de mata atlântica no Vale do Rio Pardo
Órgão realiza operação Pedra Legal na Região Central do Estado



Ao realizar sobrevoos para detectar garimpos de pedras semipreciosas operando sem licença do órgão ambiental estadual, os agentes ambientais do Ibama em Santa Maria, na Região Central, acabaram flagrando diversas porções do bioma Mata Atlântica gaúcho sendo desmatados a corte raso em áreas convertidas diretamente em lavouras de fumo.

Nas três propriedades vistoriadas no município de Segredo, no Vale do Rio Pardo, foi confirmado desmatamento de aproximadamente oito hectares atingindo matas nativas primárias. O Ibama apreendeu um trator e 732 metros cúbicos de lenha nativa, prontos para uso em estufas de secagem de fumo, aplicou multas no total de R$ 168 mil, além de embargar as áreas desmatadas.

O escritório regional do Ibama em Santa Maria vem desenvolvendo a operação Pedra Legal na Região Central do Estado, área do bioma Mata Atlântica, na Serra Geral. Foram constatadas atividades irregulares em 18 municípios, que estarão sendo vistoriados. O Ibama foi acionado pelo Ministério Público Federal em Cruz Alta, no noroeste gaúcho, e as vistorias deverão continuar na região por tempo indeterminado.
Fonte: Zero Hora

Economia- Milionários têm R$ 337 bilhões aplicados em bancos

Milionários têm R$ 337 bilhões aplicados em bancos, aponta Anbima
Economia aquecida deve fazer com que esse mercado cresça entre 20% e 21% neste ano

Os brasileiros de alta renda têm R$ 337 bilhões aplicados nas áreas privates dos bancos do País, segundo levantamento inédito da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A expectativa é que esse mercado cresça entre 20% e 21% este ano, influenciado por fatores como o aquecimento da economia, segundo o executivo Rogério Pessoa, da Anbima.

Para ser considerando um investidor da área private dos bancos, em geral, é necessário ter no mínimo R$ 1 milhão aplicado. A estimativa da Anbima é que o número total desses aplicadores pode chegar a 150 mil pessoas no Brasil.

Os produtos preferidos das pessoas de alta renda são fundos de investimento, que respondem por 42% das aplicações. Papéis de renda fixa, como títulos emitidos pelo governo, respondem por 34%. As ações de empresas lançadas da bolsa ficam com 19%. Os 5% restantes estão investidos em outros produtos, como poupança e planos de previdência, segundo o levantamento da Anbima.

Diferentemente do investidor comum, as pessoas de alta renda possuem um perfil mais arriscado. Apenas 13% aplicam em fundos de renda fixa, os mais conservadores. Os preferidos são os multimercados, carteiras de maior risco, que aplicam em ações, renda fixa, moedas e derivativos. Essas aplicações respondem por 52% da alocação de recursos. Quando se considera todo o setor de fundos brasileiro, a alocação em multimercados é bem menor, de 24%. Já na renda fixa, o porcentual é maior, de 28%.

Quando se considera a distribuição nacional dos recursos dos milionários, São Paulo concentra a maior parte das aplicações, com 56% dos recursos. No Rio de Janeiro estão 18%; em Minas Gerais e Espírito Santos, 9%. A região Sul responde por 13%, seguida pelo Nordeste, com 9% e Centro-Oeste com 2%. A região Norte apresentou número muito pequeno e por isso não aparece na estatística.

Este é o primeiro levantamento que a Anbima fez do mercado de private banking no Brasil. As estatísticas foram coletadas com o próprios bancos, que informaram dados desde dezembro do ano passado. Naquele mês, as aplicações na área private somavam R$ 291 bilhões. Em junho desse ano, os investimentos saltaram para R$ 311 bilhões e chegaram aos R$ 337 bilhões no final de setembro.

De acordo com Pessoa, a partir de agora os bancos sócios da Anbima serão obrigados a mandar os dados para a entidade. Com isso, se pretendem criar estatísticas regulares, como já ocorre com o mercado de fundos de investimento. Segundo o levantamento, o setor de private banking tem 1,5 mil profissionais no Brasil.
Fonte: Agência Estado.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Vendedor de sucesso

Conheça os 10 mandamentos de um vendedor de sucesso

Trabalhar como vendedor não é uma atividade tranquila. Estes profissionais têm de cumprir metas, conhecer os produtos e serviços, atender e principalmente conquistar os clientes. Mas por que alguns vendedores são bem-sucedidos e outros não são?

O presidente do CDPV (Centro do Desenvolvimento do Profissional de Vendas) e autor do livro "Histórias dos Verdadeiros Campeões de Vendas" (Ed. Ferreira Negócios), Diego Maia, explica que o que diferencia estes profissionais é a maneira como lidam com os desafios da carreira.

"É possível diferenciá-los pela forma como estas pessoas encaram seu serviço. Um vendedor de sucesso faz além das suas possibilidades. Ele também tem comprometimento com a sua carreira", explica o especialista.

Conhecimento

Ele acrescenta que um vendedor bem-sucedido busca ter conhecimento e informações além do que é exigido pela profissão. Maia aconselha que estes profissionais façam cursos na área ou até mesmo livres, já que em algum momento as informações extras podem ajudá-los em uma venda.

Ele conta que um vendedor de vinhos conquistou uma rede de restaurantes porque ouviu os funcionários conversando sobre qual a diferença entre enólogo, sommelier, entre outras nomenclaturas.

Como esta pessoa tinha conhecimento da área devido aos cursos realizados, ele explicou a diferença para os funcionários, o que despertou o interesse de um comprador por este profissional. "Ele tinha um diferencial, por isso conquistou o cliente", diz.

O especialista declara ainda que a realização de cursos aumenta o networking do profissional. Mesmo em cursos não relacionados a vendas, conhecer outras pessoas amplia as possibilidades de realizar negócios.

Mandamentos

O autor indica 10 atitudes que podem diferenciar um vendedor medíocre de um profissional de sucesso. "Estas dicas não servem somente para área de vendas, mas para as outras profissões", informa.

■Preparação: Além de cursos como graduação, pós-graduação, cursos livres de vendas, marketing, negócios e cursos livres, é aconselhável a leitura de livros e revistas;
■Planejamento de carreira: tenha em mente aonde deseja chegar. Por isso, estabeleça metas palpáveis. O especialista aconselha que as pessoas escrevam seus planos, assim não estarão somente no plano das ideias;
■Planejamento financeiro: organização financeira é fundamental, já que muitos profissionais dependem da comissão de vendas. Pense no futuro. Faça seguro especializado para área e um plano de previdência privada;
■Comprometimento: Tenha comprometimento com a empresa, com o produto e com os clientes. "É mais do que vestir a camisa", declara Maia;
■Aprender com os erros: ao errar, peça o feedback, desde o chefe até o cliente;
■Inovação: inovação não deve ser no sentido técnico ou científico. O vendedor deve colocar em prática todos os dias alguma ideia nova, como enviar artigos ou reportagens aos clientes que possam interessar, não almoçar sozinho, conhecer outros lugares, entre outras coisas;
■Networking: deve ser feito tanto com profissionais da mesma área como com os de setores diferentes. Além de manter contatos com os clientes. "É se fazer presente. É estar permanentemente em contato com as pessoas", afirma Maia.
■Faça com os outros o que você gostaria que fizessem com você: é fundamental ter ética. Ajude o cliente a crescer;
■Venda e negocie benefícios: é importante enfatizar o que o produto pode proporcionar ao cliente;
■Seja um portador de boas notícias: ninguém faz negócios com pessoas desmotivadas, por isso deixe os problemas de lado, e não os leve para o cliente.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Panamericano - SBT poderá transferir concessão

Grupo Silvio Santos poderá transferir concessão do SBT
Ministério das Comunicações não vê impedimento legal para que se ofereçam emissora como garantia

Se o Grupo Silvio Santos tiver que vender o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) para cobrir o empréstimo que fez no Fundo Garantidor de Crédito (FGC), a concessão pública da emissora poderá ser devolvida à União ou vendida a outros empresários, de acordo com o valor de mercado. Atualmente, a concessão de um canal de televisão em São Paulo é a mais cara do país.

Segundo o Ministério das Comunicações, não há impedimento legal para que se ofereçam em garantia o patrimônio e o controle acionário de entidades que têm outorga para a exploração do serviço de radiodifusão. No entanto, uma eventual transferência direta ou indireta deverá ser analisada pelo Ministério das Comunicações e pelo presidente da República. O comprador deverá atender a alguns requisitos como nacionalidade brasileira e idoneidade.

Na última terça-feira, o Banco PanAmericano anunciou que recebeu empréstimo de R$ 2,5 bilhões do FGC para restabelecer o equilíbrio patrimonial da instituição, dando como garantia as empresas do Grupo Silvio Santos, como o próprio banco, a empresa de cosméticos Jequiti, a Liderança Capitalização, o Baú Financeira e a emissora de televisão SBT.

O Grupo Silvio Santos não pagou nada pela outorga do SBT, concedida antes da Constituição Federal de 1988, que instituiu a necessidade de licitação para as concessões de radiodifusão. No entanto, ele poderá cobrar pela transferência da permissão da emissora.

A concessão do SBT foi renovada em dezembro de 2002 e vale até 20 de agosto de 2011. A renovação é aprovada pelo Ministério das Comunicações e ratificada pelo Congresso Nacional.

Entenda o caso

* Diretores do banco Panamericano teriam registrado ativos e créditos fictícios para inflar os resultados da instituição, provocando a fraude.

* O Banco Central detectou o problema em auditoria e abriu investigação.

* O Grupo Silvio Santos, controlador do banco, assumiu a responsabilidade pelo problema e informou ao BC que iria cobrir o rombo sem prejuízo para os demais sócios.

* Já o Fundo Garantir de Crédito, que garante depósitos em caso de quebra de bancos, aceitou fazer empréstimo de R$ 2,5 bilhões ao Grupo Silvio Santos em troca de bens dados como garantias.

* O BC ainda apura a responsabilidade pelo erro contábil e quem foram os beneficiados, que podem ser punidos administrativamente e com base na lei do "colarinho branco".

* Com a descoberta do rombo, os executivos do Panamericano foram demitidos e substituídos por uma nova diretoria, com presença maior da Caixa Econômica Federal, que comprou parte do banco no ano passado.
FONTE: ZH DINHEIRO E AGÊNCIA BRASIL

Panamericano - Cartão de crédito fraude

Cartão de crédito também sofreu fraude
Presidente do BC informou que unidade de cartões do Panamericano também apresentou ‘inconsistências contábeis’, no valor de R$ 400 milhões

O socorro ao Banco Panamericano não cobriu apenas o rombo dos empréstimos vendidos a outras instituições financeiras. O dinheiro também foi usado para corrigir problemas na unidade de cartões de crédito.

Quinta-feira, em audiência pública no Congresso, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, trouxe à tona o segundo foco da fraude que, sozinho, foi responsável por R$ 400 milhões do rombo de R$ 2,5 bilhões.

Menos de 48 horas depois de a crise do Panamericano se tornar pública, o presidente do BC anunciou que as fraudes vão além da cessão de financiamentos e empréstimos. Em um tipo de operação distinta da vista na venda de carteiras, a unidade de cartões de crédito também registrou "inconsistências contábeis". Segundo o Estado apurou, esse problema não havia sido constatado pelos técnicos do BC e foi reportado voluntariamente pela diretoria do Panamericano nas últimas semanas.

Ao ser questionado se os problemas nos cartões também envolveriam o repasse das operações a outros bancos sem baixa contábil, Meirelles afirmou que "não há indícios disso". Mas a hipótese não está totalmente descartada, já que muitos bancos negociam recebíveis de cartão, seja com clientes lojistas ou entre instituições financeiras.

Meirelles lembrou que o tema "cartões de crédito" não é de jurisdição direta da autoridade monetária. Por isso, a fraude não teria sido encontrada originalmente pelos técnicos do BC.

Venda

O presidente do BC indicou que o empresário Silvio Santos deve se desfazer do controle do Panamericano para pagar a dívida de R$ 2,5 bilhões com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O empréstimo emergencial que salvou a financeira tem condições especiais: pagamento em dez anos com carência de três anos, período em que não há pagamento de juros e amortizações.

Ao comentar a possibilidade de venda do banco, Meirelles disse que é possível que no futuro a Caixa Econômica Federal seja sócia de outro grupo empresarial – e não o Grupo Silvio Santos – no Panamericano. Apesar desse prognóstico, ele afirmou desconhecer qualquer negociação para troca do controle acionário.

Meirelles reafirmou que a investigação do BC não encontrou sinais de problemas semelhantes ao do Panamericano em outras instituições. "A análise não encontrou nenhuma ocorrência em outros bancos, mas nenhum Banco Central do mundo pode garantir responsabilidades futuras", afirmou, ao ressaltar que não há garantia de que o sistema bancário seja completamente blindado às fraudes.

Final feliz

Parlamentares questionaram Meirelles se o BC não pode se responsabilizar por bancos e suas operações de modo a evitar fraudes como a do Panamericano. "Minha experiência diz que o BC não deve fazer isso porque, quando um governo assume a responsabilidade de instituições privadas, ele dá um selo de garantia. Isso abre um passivo contingente e risco moral incomensurável."

Meirelles destacou que executivos poderiam se aproveitar desse seguro de última instância do governo para administrar ativos de forma inadequada. "Não há cobertor para todos", resumiu.

Apesar da gravidade do problema no Panamericano, o clima entre os diretores do BC era de tranquilidade na audiência pública da manhã de quinta. Aos parlamentares, Meirelles disse que é preciso comemorar o fato de o episódio ter tido "final feliz".
FONTE: AGÊNCIA ESTADO

Panamericano - Falhas de auditorias

BC atribui responsabilidade por rombo no Panamericano a falhas de auditorias

Responsabilidade por verificar se as operações de crédito eram fictícias cabia às empresas de auditoria, segundo o Banco CentralO Banco Central (BC) refutou na quarta-feira as críticas de que teria demorado para encontrar o rombo de R$ 2,5 bilhões na contabilidade do Banco Panamericano e jogou a responsabilidade nas empresas de auditoria. O BC argumenta que sua função é analisar balanços, não conferir se foram adulterados. A auditoria interna do Panamericano era a Delloite.

Na terça-feira à noite, o Grupo Silvio Santos, controlador do Panamericano, anunciou um aporte de R$ 2,5 bilhões na instituição para cobrir um buraco equivalente. A diferença de valores, conforme antecipou o portal estadão.com.br, foi provocada por fraudes contábeis. O dinheiro para o aporte foi obtido em um empréstimo concedido pelo Fundo Garantidor de Crédito.

Criado em 1995, o FGC é uma entidade privada mantida pelos bancos que funciona como uma espécie de seguro para os depositantes em caso de quebra/liquidação de alguma instituição financeira. A operação com o Panamericano é a primeira desse gênero feita pelo Fundo.

A reportagem apurou que o Panamericano vendia carteiras de crédito para outros bancos (sobretudo os grandes de varejo, como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC), mas não dava baixa no balanço. Com isso, continuava contabilizando como seus os pagamentos feitos pelos devedores.

"A manutenção desses ativos na carteira gerava receitas extras, além da própria receita obtida com a venda da carteira. Portanto, o balanço trazia ativos e receitas a mais", explicou o diretor de Fiscalização do BC, Alvir Hoffmann.

O problema foi detectado há cerca de seis semanas por técnicos do BC quando estavam sendo conferidos financiamentos vendidos pela instituição.

Ao se deparar com a diferença de números, técnicos do BC passaram a avaliar carteira por carteira para encontrar a causa do problema. Foi um trabalho de mais de um mês.

A operação causou reações também no meio político. O deputado Jutahy Junior (PSDB-BA), um dos principais aliados do candidato derrotado à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, afirmou na quarta-feira ter havido "motivação eleitoral" por parte do governo, que teria se omitido das irregularidades envolvendo o banco.

Perdas

O presidente do Conselho do FGC, Gabriel Jorge Ferreira, explicou as condições do crédito ao Grupo Silvio Santos. Segundo ele, o empresário Silvio Santos deu como garantia do empréstimo todas as 44 empresas que fazem parte de sua holding.

O pagamento será feito em 10 anos, com carência de três (nesse período, o grupo não terá de pagar nem juros nem amortização). O próprio Ferreira, porém, indicou que a ideia é que o grupo venda alguns de seus ativos para honrar o empréstimo.

Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), os investidores reagiram em pânico ao anúncio do Panamericano. As ações preferenciais da instituição caíram quase 30%. No ano, já acumulam desvalorização de 54%.

O novo diretor-superintendente do Panamericano, Celso Antunes da Costa, procurou demonstrar tranquilidade ao comentar o primeiro dia de trabalho. "Esse banco tem uma força de vendas enorme", disse.
FONTE: AGÊNCIA ESTADO

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Processo de seleção - O que os recrutadores procuram

Recrutadores enumeram características comportamentais dos candidatos mais valorizadas atualmente pelas empresas em processos de seleção. Há qualidades que sempre serão essenciais para profissionais de qualquer área de atuação, como responsabilidade, comprometimento, pontualidade e organização. Porém, o mercado, mais dinâmico e competitivo, passou a classificar como fundamentais aptidões que antes ficavam em segundo plano. Características como capacidade de trabalhar em grupo, facilidade de comunicação e empreendedorismo são mais valorizadas.
Segundo Irene Azevedo, consultora sênior da DBM Consultoria, as solicitações variam de uma empresa para outra. Em geral, diz a especialista, hoje são muito procurados funcionários com habilidade para aprendizagem contínua e autoconhecimento:– A pessoa que tem consciência das suas competências e dificuldades saberá direcionar melhor a carreira e será mais útil para a organização.

Segundo Lourdes Lovison, gerente de projetos da Advis Consultoria, passado o período em que se exigiam profissionais especializados, hoje valoriza-se a polivalência, a visão sistêmica e a humildade para aprender. Dependendo da função, uma competência terá mais peso que outra.

– Para um profissional da área comercial, o nível de pró-atividade terá de ser mais alto que o do projetista de hardware/software, mas ambos precisam ter foco em resultado no mesmo nível. O grau de concentração do projetista provavelmente deverá ser maior que o do executivo comercial, mas ambos deverão ter igual grau de criatividade – exemplifica Lourdes.

Nem sempre é possível reunir todas as habilidades desejadas . Por isso, alerta a psicóloga Roberta Lopes do Nascimento, consultora organizacional e de carreira e diretora executiva da empresa Núcleo Médico Psicológico, a autodisciplina e a vontade de aprender são fundamentais:

– Sempre se pode aperfeiçoar certas características. Mas eu sempre aconselho que se faça um processo de coaching, porque é muito difícil conseguir um resultado sozinho.
Fonte: Zero Hora.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Gestão Pessoas - Aumente as chances de efetivação!

A postura é um ponto muito avaliado pelas empresas, pois na maioria das vezes profissionais jovens e inexperientes apresentam determinados comportamentos inadequados ao mundo corporativo

Todo trabalho exige comprometimento e dedicação; porém, no caso de um estágio estas características devem ser ainda mais desenvolvidas. É bem comum que as empresas efetivem profissionais que começaram como estagiários, mas para que isso aconteça é necessário que o colaborador atenda as necessidades da organização e apresente um trabalho positivo durante o período em que estagiar.

Não há como definir o que será avaliado pelo gestor, mas cada um, dentro de sua área e função, deve esforçar-se ao máximo, demonstrando interesse pelos assuntos da empresa e por assumir outras tarefas.

Proatividade é um fator positivo, e o profissional que conseguir credibilidade com o seu gestor, provavelmente conseguirá também conquistar o emprego efetivo.

A postura é um ponto muito avaliado pelas empresas, pois na maioria das vezes profissionais jovens e inexperientes apresentam determinados comportamentos inadequados ao mundo corporativo.

Segundo Lilica Mazer, diretora de publicidade da Robb Report Brasil, esse fator é responsável por 80% das demissões dos estagiários. “A entrada no mercado de trabalho exige que o jovem mude alguns hábitos e assuma uma nova postura”, explica. “Ele deve mostrar mais iniciativa para conquistar espaço, e até mesmo o vestuário passa ser diferente, dependendo da empresa em que irá estagiar”.

Inexperiência profissional nem sempre é fator decisivo, visto que a falta de vivência em empresas anteriores, perfil muito comum em estudantes, recém formados e estagiários pode ser muitas vezes compensada pelo conhecimento teórico e bagagem pessoal que traz o novo contratado. Saber demonstrar seus pontos fortes e o quanto está interessado em moldar-se à organização e aos seus gestores mais diretos, isso sim será fundamental para conquistar sua efetivação.

Para Marcelle Pires, consultora de RH da incorporadora e construtora Pinheiro Pereira, o estagiário é constantemente avaliado, por isso deve aproveitar a oportunidade para tentar se destacar. “Ele deve se preocupar com sua conduta e mostrar vontade de aprender, pois todos os olhos estão voltados para ele, o tempo todo”, explica. “As empresas sabem que este profissional está aprendendo, e é isso que agrada, pois o estagiário não traz vícios e pode ser estruturado conforme as necessidades da organização“.

Existem alguns fatores que são aceitáveis e até compreendidos pelo gestor devido à falta de experiência do estagiário, no entanto, assim como em empregos temporários, qualquer falha pode ser decisiva no processo de efetivação. Desta forma, é importante que o profissional tenha total atenção nas tarefas que realiza, além de sempre estar disposto a fazer além do que lhe é atribuído.

De acordo com Lilica, existem algumas falhas comuns a estes profissionais, como alguma falta de objetividade, disponibilidade e criatividade. “Posso também citar alguns exemplos de atitudes inadequadas, como chegar atrasado, não respeitar a hierarquia da organização, ser inflexível, abusar do uso da internet, manter conversas paralelas durante o expediente, realizar brincadeiras em momentos inoportunos e não saber trabalhar em equipe ou não respeitar os colegas de trabalho“, define. E o que muda após a efetivação? Não são apenas os benefícios e a remuneração que mudam quando o profissional é efetivado, as obrigações e as cobranças também.

Apesar da maioria dos estagiários almejar a efetivação, é importante avaliar se estarão preparados para assumir mais tarefas, atendendo as expectativas e necessidades da organização. “A partir do momento em que se formam e são efetivados, os profissionais passam a responder tecnicamente pelos processos sob sua responsabilidade, portanto adquirem funções específicas, recebem tarefas mais complexas e passam a atuar com autonomia e independência, sendo que a empresa não tolera falta de comprometimento com horários e faltas”, define Raquel Gonzalez, gestão de pessoas do Grupo BIOFAST.

Para Lilica, o estagiário possui algumas regalias na questão de cometer erros e de não investir muito na carreira, pois está cursando a graduação. No entanto, quando se torna efetivo, deve ter determinadas preocupações para que esteja qualificado a competir no mercado de trabalho. “A transição entre um período de aprendizagem e aquele em que será cobrado como profissional é importante e demanda, além de maturidade, muito tato para não cometer erros, tanto de postura como na realização das tarefas. Os iniciantes são vistos como possíveis talentos; mas quando são efetivados, devem tomar cuidado para não se tornarem estrelas inacessíveis”, conclui.
Fonte: Jornal Carreira & Sucesso - 399ª Edição

sábado, 6 de novembro de 2010

Negócios - Lucro líquido da Toyota sobe 352% no 2º trimestre fiscal

Lucro líquido da Toyota sobe 352% no 2º trimestre fiscal, para US$ 1,22 bi
Ações da companhia fecharam com alta de 2,32% na Bolsa de Tóquio

A Toyota Motor afirmou que seu lucro líquido cresceu mais de quatro vezes no segundo trimestre fiscal, conduzido por robustas vendas na Ásia e pela forte demanda por carros híbridos no Japão, o que levou a montadora japonesa a elevar sua perspectiva de lucro para este ano fiscal. As ações da companhia fecharam com alta de 2,32% na Bolsa de Tóquio.

O lucro líquido da montadora subiu 352% no segundo trimestre fiscal, para 98,69 bilhões de ienes (US$ 1,22 bilhão), em comparação com o lucro de 21,84 bilhões de ienes no mesmo trimestre do ano fiscal passado. O resultado ficou abaixo da média das estimativas dos analistas de um lucro 133,38 bilhões de ienes.

A receita da montadora cresceu 5,8% no segundo trimestre fiscal, para 4,807 trilhões de ienes, de 4,542 trilhões de ienes. O lucro operacional praticamente dobrou para € 111,46 bilhões de ienes, de 58 bilhões de ienes.

O desempenho sólido levou a montadora japonesa a elevar sua projeção para o lucro líquido neste ano fiscal para 350 bilhões de ienes, ante a previsão anterior de 340 bilhões de ienes. A companhia espera vendas de 19 trilhões de ienes no ano, em comparação com a projeção anterior de 19,5 trilhões de ienes.

As informações são da Dow Jones.
Agência Estado.

Gestão de Pessoas - Adicional noturno

Quando se bate o ponto de madrugada

Economia aquecida é responsável pelo aumento da oferta de vagas no período da noite, que já enfrenta falta de mão de obra disponível

Enquanto todo mundo se prepara pra dormir, eles chegam ao trabalho. Essa é a realidade dos chamados trabalhadores do terceiro turno, profissionais requisitados pela economia aquecida do País - que demanda produção non-stop da indústria, serviços e área de tecnologia. Mas o que parece ser uma opção um tanto quanto inusitada pode acabar se revelando uma boa oportunidade para adquirir experiência e crescer na carreira.

Oferta não falta. De acordo com a diretora de projetos da Deep - Desenvolvimento de Pessoas, Juliana Almeida Dutra, está cada vez mais difícil encontrar profissionais para trabalhar à noite. A empresa é especializada em treinamento.

"Vagas noturnas não são tão fáceis de preencher, por conta da disponibilidade dos profissionais para trabalhar neste horário", diz. Ainda segundo Juliana, as vagas para trabalhos no terceiro turno estão principalmente nas áreas de operação - como indústrias e serviços - e de tecnologia da informação (TI).

Fábio Munhoz é gerente de produção e rede de uma empresa que desenvolve aplicações em tecnologia. "Estamos em operação 365 dias por ano, 24 horas por dia", conta. Munhoz chefia uma equipe de nove analistas de suporte, dois deles trabalhando das 22h às 7h.

Confiança. "Não é fácil encontrar profissionais para essas vagas. E, normalmente, elas acabam sendo ocupadas por pessoas mais experientes. É que o contingente de funcionários é menor durante a noite, o cara tem de ter confiança para tomar decisões sozinho", conta.

A responsabilidade é grande. Ainda sim, as duas vagas noturnas no departamento de Munhoz são ocupadas por profissionais entre 28 e 32 anos. "Na área de TI, a idade média fica em torno de 25 anos."

Um dos ‘trabalhadores da madrugada’ dessa equipe é Ricardo Nishioka. Sua função consiste, basicamente, na manutenção de equipamentos e sistemas, que exigem suspensão da rede por um tempo mais longo - processo inviável de ser realizado em horário comercial, com ‘os trabalhadores do dia’ em ação. "Estou há sete anos na empresa, e, há cinco, fichado neste horário", conta.

O analista explica que, à época de sua contratação, não procurava emprego à noite, e um dos atrativos para aceitar o cargo foi o adicional noturno (que corresponde, em média, a cerca de 30% a 35% do valor total do salário). Por enquanto, Nishioka não tem planos de mudar: "Vou seguir nesse horário".

Para ele, o salário é a maior vantagem do trabalho nesse turno. Mas há outras. "Gasto menos tempo no trânsito e não me estresso tanto como meus colegas", conta.

O estresse gerado pelo próprio ambiente de trabalho diurno também foi decisivo para a decisão do analista. "O telefone, que eu simplesmente odeio, toca bem menos de madrugada."

O silêncio e a tranquilidade do escritório no período da noite também podem, no entanto, ser fatores negativos. "As pessoas que trabalham nesse horário tendem a ficar mais acomodadas", alerta Munhoz. "Por ficarem muito sozinhos, se afastam do dia a dia da empresa e o perigo é acabarem se isolando em seu trabalho", afirma.

Visibilidade. Para Nishioka, o fator isolamento não parece ser um problema. "A exposição pode, em alguns casos, ser realmente menor. Isso acaba influenciando alguns profissionais. Mas acredito ter uma boa visibilidade na empresa, principalmente por conta das responsabilidades que me são dirigidas", acredita.

O analista cita a saúde como a mais afetada no trabalho noturno. "Desde que comecei a trabalhar no terceiro turno, engordei um pouco e percebi que meu corpo mudou. Não tenho problemas para dormir durante o dia, mas dizem que o sono não tem a mesma qualidade. Já acho que esta teoria pode estar certa", desabafa.

De acordo com Juliana, da Deep, a privação do sono pode afetar a qualidade de vida do trabalhador. "Essa prática compromete o bem-estar físico e mental, levando a alguns males, como insônia, diminuição da capacidade de concentração e apetite, irritabilidade, sonolência e cansaço, por exemplo."

Para Juliana, o problema pode se estender até os familiares de quem trabalha de madrugada. "Como essa pessoa precisa dormir uma parte do dia, acaba afetando a presença em casa." Ricardo é solteiro e diz que sua mãe já se acostumou com sua rotina diferente.

Agência Estado.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Gestão de pessoas - Como manter a calma quando o patrão muda

Como manter a calma quando o patrão muda.

Como manter a calma quando o patrão mudaDurante 28 anos, Mauro Terepins foi o próprio patrão: fundador e sócio da consultoria Terco, especializada em médias empresas, ele viu sua condição mudar dois meses atrás, quando a empresa decidiu se unir à britânica Ernst & Young. Ele diz ter iniciado nova empreitada sob uma nova ótica: "Estou dentro de uma estrutura muito maior. A mudança se encaixou num processo de melhoria. Ser vice-presidente da Ernst & Young Terco é muito mais do que ser o presidente da Terco", diz.

A união da Terco à parceira internacional, especializada em grandes negócios, foi oficializada no início deste mês. A Ernst & Young Terco nasceu com faturamento anual de R$ 650 milhões e 3,5 mil funcionários. À medida que a Terco crescia, diz Terepins, a necessidade de uma mudança se tornava evidente: "Nos últimos oito anos, a empresa dobrou de tamanho. Antes, éramos dois sócios; depois, chegamos a 25. Com uma estrutura maior, as pessoas querem crescer na carreira, o que o crescimento endógeno não podia oferecer", explica. Antes da associação, a Terco foi representante da americana Grant Thornton no País.

Os processos de fusões e aquisições são hoje parte da realidade da economia brasileira. Segundo a consultoria PricewaterhouseCoopers, 502 negócios do gênero foram fechados entre janeiro e agosto de 2010, um recorde para a série histórica da empresa, iniciada em 2002. De acordo com Renata Fabrini, sócia-gerente da empresa de recrutamento executivo Fesa, os profissionais estão hoje cientes da possibilidade de associações entre grandes corporações. "A maioria pelo menos conhece alguém que já vivenciou ou fez parte de processos de fusão, pois eles ocorrem em todos os setores", diz a consultora.

Desafio

Entretanto, saber do movimento da economia não significa que o executivo estará preparado para os desafios que a união de duas culturas corporativas representa. O vice-presidente de operações da agência Fischer+Fala!, Alex Isnenghi, diz que união das duas marcas do Grupo Totalcom, oficializada em março de 2009, priorizou uma mudança de atitude para todos os funcionários. Segundo ele, o objetivo foi evitar que cada "panelinha" trabalhasse separadamente, como se a fusão não tivesse ocorrido. "Neste processo, sempre tem quem não se adapta e decide sair. Sempre há um pouco de dor no processo."

Para "amaciar" a equipe, as empresas investem em treinamento e em processos de transição. A Fischer+Fala! faz palestras mensais com o objetivo de incentivar seus 150 funcionários a atuar tanto na criação, característica principal da Fischer, quanto na definição de estratégias comerciais, atividade mais associada à Fala!.

Na Ernst & Young Terco, 60 funcionários se dedicaram durante dois meses a garantir que o "casamento" transcorresse sem maiores sobressaltos, ouvindo os argumentos das duas partes envolvidas. Segundo, o presidente da Ernst & Young Terco, Jorge Menegassi, o processo foi facilitado pelo fato de a fusão ter ocorrido em um período de expansão da economia: "Unimos as operações com a expectativa de crescer 20%, e ambas as companhias tinham vagas em aberto. Então, não houve a necessidade de se fazer cortes", explica.
Agência Estado.

Gestão - Para Bird, está mais difícil fazer negócios no Brasil

Ficou ainda mais difícil fazer negócios no Brasil. O relatório Doing Business 2011, divulgado pelo Banco Mundial na quarta-feira, mostra que o País ficou ainda mais hostil às empresas aqui instaladas: o Brasil caiu da 124.ª posição no ano passado para 127.ª este ano, após ajustes na metodologia, entre 183 países.

O relatório analisa uma série de fatores que facilitam ou complicam a vida das empresas nos países: abertura de empresa, alvarás de construção, registro de propriedade, acesso a crédito, proteção a investidores, pagamento de impostos, facilidade para importação e exportação, cumprimento de contratos e fechamento de empresa.

Os países com melhor colocação foram Cingapura, em primeiro lugar, seguida de Hong Kong, Nova Zelândia, Grã-Bretanha e Estados Unidos. Os piores são Guiné, em 179.º, Eritreia, Burundi, República Centro-Africana e , por último, o Chade, em 183.º.

O Brasil piorou em quase todas as categorias. No item tempo para pagar impostos, o País é o campeão mundial da burocracia – no Brasil, são necessárias 2.600 horas para se pagar taxas, somando tempo para reunir comprovantes, procedimentos, e outros. Como comparação, em países como Emirados Árabes, são consumidas só 12 horas por ano.

Para abrir uma empresa no Brasil, são necessários 15 procedimentos. No Canadá e na Nova Zelândia, para comparar, basta um procedimento para abrir seu negócio. Enquanto no Brasil são necessários 120 dias para abrir a empresa, na Nova Zelândia basta um dia.

Também para se conseguir um alvará de construção, o Brasil bate recordes negativos – são necessários 411 dias. O Haiti é o lanterninha -–1.179 dias – para ter autorização para construir alguma coisa. Em Cingapura, são 25 dias.

A burocracia brasileira exige 14 procedimentos para se registrar uma propriedade. Na Geórgia, Noruega, e Portugal, é possível registrar uma propriedade com apenas um procedimento.

O Brasil tem um dos maiores custos para exportação – US$ 1.790 por contêiner. Na América Latina, só perde da Venezuela, onde o custo é de US$ 2.590 por contêiner. Na Malásia, por exemplo, o custo é de US$ 450 e, no Chile, US$ 745 – tudo isso prejudica a competitividade das exportações brasileiras.


Positivo

Mas nem tudo é negativo. O Banco Mundial destaca avanços como a criação do índice Novo Mercado na Bovespa, que exige normas de governança mais rígidas. As empresas do Novo Mercado tiveram acesso mais facilitado a crédito e abertura de capital em uma época difícil como a recente crise financeira, diz o anco. A instituição também elogia a Lei de Falências, de 2005, que reduziu custos e aumentou o acesso a crédito de longo prazo.

O único avanço em desburocratização no Brasil em 2009-2010 foi o sistema público de escrituração digital, que integra as várias esferas do governo e facilitou pagamento de impostos . Segundo o Banco Mundial, nos últimos cinco anos, o Brasil foi um dos países que menos implementaram mudanças para melhorar o ambiente de negócios.

Na América Latina, o Peru foi o que mais fez reformas para melhorar o ambiente de negócios e subiu dez posições no ranking Doing Business, chegando a 36.ª. O país criou um site de internet que reúne todos os procedimentos necessários para abrir uma empresa e reduziu o número de medidas necessárias para tirar um alvará de construção. O melhor colocado entre os países da América Latina é o México, em 35.º .

Na região, o Brasil só perde para Venezuela (172.º), Bolívia (149.º), Honduras (131.º) e Equador (130.º) no ranking Doing Business.

No mundo, os países da OCDE têm o melhor ambiente de negócios, enquanto a África Sub-Saariana e o Sul da Ásia são as regiões mais hostis às empresas.

Comparado com os outros países dos Brics, o Brasil só ganha da Índia , que está em 134.º no ranking. China (79.º) e Rússia (123.º) são menos burocráticas que o Brasil.

O ranking deste ano foi mudado pelo banco Mundial, que ajustou a comparação com anos anteriores. O relatório de 2011 não inclui o item contratação e demissão de funcionários, que está sendo reformulado.

Para permitir comparações válidas, o Banco Mundial ajustou o ranking do ano passado.
Agência Estado.

Gestão - Salário mínimo deveria ter sido de

Salário mínimo deveria ter sido de R$ 2.132,09 em outubro, aponta Dieese
Valor é 4,18 vezes superior ao piso em vigor no período, de R$ 510

Levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ter sido de R$ 2.132,09 em outubro, para ele suprir suas necessidades básicas e da família. A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais do País.

Com base no maior valor apurado para a cesta em outubro, de R$ 253,79, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,18 vezes superior ao piso em vigor no período, de R$ 510.

Os valores são maiores que os apurados para setembro, quando o mínimo necessário foi estimado em R$ 2.047,58 (4,01 vezes o piso em vigor). Em outubro de 2009, o Dieese calculou o valor necessário em R$ 2.085,89, ou 4,49 vezes o mínimo então em vigor, de R$ 465.

A instituição também informou que, para adquirir uma cesta básica, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo necessitou cumprir, na média das 17 capitais pesquisadas, uma jornada de 94 horas e 11 minutos, maior que a de setembro, que era de 91 horas e 4 minutos. Em outubro de 2009, a jornada era cerca de três horas a mais.

Agência Estado

Gestão - Salário mínimo

O ministro do Trabalho e Emprego, afirmou nesta quinta-feira que o novo salário mínimo, a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2011, será fruto de negociações do governo com partidos políticos e centrais sindicais, e deve ficar de R$ 560 a R$ 570.

— Menos que esse patamar não deve ser — afirmou.

Por enquanto, a proposta do governo é de R$ 538, que poderia ser arredondado para R$ 540. As centrais sindicais já pediram, contudo, para que a mínimo suba dos atuais R$ 510 para pelo menos R$ 580.

O ministro mencionou que uma parcela da boa velocidade de crescimento que a economia registra nos últimos anos está relacionada à melhora da distribuição de renda e ao aumento real ao redor de 70% do salário mínimo.... Ele ressaltou, porém, que a questão precisa ser vista com cuidado para que o reajuste não comprometa o caixa de todas a instâncias governamentais, inclusive o da Previdência Social.
Agência Estado.