quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Itaú cria poupança em ações com débito em conta corrente

O mínimo para investir é R$ 60 por mês; ordem de compra fica agendada

O Itaú Unibanco achou um jeito diferente para incentivar o investimento em bolsa. O banco criou um programa que permite ao cliente pessoa física comprar ações todo mês com débito automático em conta corrente, o Compra Programada. "Ao fazer uma aplicação programada, o cliente se disciplina a poupar sempre. Ao olhar para horizontes mais longos, os riscos relacionados à volatilidade do mercado são reduzidos", disse Roberto Corrêa da Fonseca, superintendente da Itaú Corretora.

A ideia é fazer uma poupança em ações, destaca o executivo da corretora. O mínimo para investir é R$ 60 por mês. O cliente deixa agendado quanto quer investir por mês e não precisa enviar a ordem de compra todo mês. Quem compra a ação na bolsa é a Itaú Corretora.

A equipe de analistas do Itaú selecionou ações mais líquidas e com potencial de valorização. Entre as opções oferecidas aos clientes estão, além de Petrobrás, Vale e Itaú, papéis como PDG, Cemig e Gerdau. Também é possível comprar o ETF do Ibovespa (fundo listado que reproduz as ações do principal índice da bolsa). Segundo Fonseca, também se levou em conta na escolha dos papéis o valor de mercado da empresa e a volatilidade (o histórico de variação do preço da ação). No site da corretora, há vídeos dos analistas do banco fazendo comentários sobre as empresas.

O cliente escolhe o papel e o valor que planeja aplicar todo mês. Segundo o executivo, a média de investimento até agora é de R$ 600. Há ainda desconto de 20% a 90% na corretagem e isenção na taxa de custódia por até seis meses. No material de divulgação do Compra Programada, cálculos do banco indicam que quem aplicou R$ 300 todo mês na bolsa desde 2000, teria R$ 78 mil em julho deste ano se aplicasse em uma carteira similar ao Ibovespa, valorização de 250%. Se fosse em papéis da Vale, teria R$ 193 mil (ganho de 770%).

O produto do Itaú chamou a atenção da BM&FBovespa. Segundo Fonseca, executivos da bolsa foram conhecer o Compra Programada e consideram uma alternativa interessante para atrair pessoas físicas para o mercado de ações. O objetivo do banco foi criar uma forma simplificada de investir em ação, modalidade de aplicação que alguns clientes consideram complicada.

A BM&FBovespa tem tido dificuldade em atrair novos investidores. O número de pessoas físicas se estabilizou na casa dos 600 mil. Em agosto, a bolsa lançou uma nova política tarifária para o pequeno investidor. Além disso, mudou a meta para chegar a um público de 5 milhões de pessoas físicas. A ideia era atingir esse número em 2014, mas o ano foi alterado para 2018.
Fonte: Estadão.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário