terça-feira, 16 de agosto de 2011

Paquetá deixa de fabricar calçados em Sapiranga e Ramarim absorve 80% dos demitidos

Grupo mantém na cidade 800 vagas de pesquisa e desenvolvimento, compras e administração

A transferência da produção de calçados para exportação de Sapiranga para a República Dominicana da Paquetá já provocou a transferência de cerca de 80% dos 500 trabalhadores dispensados para a Ramarim.

No Estado, o grupo mantém a produção industrial em Teutônia, com mil vagas, focada em tênis para o mercado doméstico. Conforme Jorge Strassburger, diretor administrativo corporativo da empresa, a transferência estava sendo planejada há meses para não provocar desemprego na cidade e só foi feita porque a exportação de produtos industrializados se tornou insustentável com a política cambial do Brasil.

O grupo vai manter em Sapiranga cerca de 800 empregos para as áreas de pesquisa e desenvolvimento, compras e administração, já que mantém a sede na cidade. Além disso, as redes de lojas vinculada ao grupo — Paquetá, Gaston, Dumont e Capo d'Arte — empregam ao redor de 2 mil pessoas no Estado. A produção de calçados para o mercado nacional já havia sido transferida para as unidades do Nordeste — uma na Bahia e três no Ceará —, onde trabalham 4 mil pessoas.

Em nota, divulgada no final da tarde, a Paquetá reforçou que a decisão de transferir a unidade produtiva para a República Dominicana teve o intuito de manter a competitividade industrial e continuar crescendo, bem como manter a base de clientes importadores, parceiros há mais de 35 anos.

— A opção pela República Dominicana foi devido ao acordo de livre comércio existente entre o país e os Estados Unidos, principal importador de calçados da empresa — informou a empresa.
Fonte: ZERO HORA.COM

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