quarta-feira, 23 de maio de 2012

A percepção da população quanto ao Saneamento Básico e a responsabilidade do Poder Público

Quase metade dos brasileiros diz ter esgoto correndo a céu aberto próximo a sua residência Pesquisa do IBOPE Inteligência mostra que 50% dos entrevistados afirmaram que não pagariam para ter seus esgotos ligados à rede Pesquisa “A percepção do brasileiro quanto ao saneamento básico e a responsabilidade do poder público”, encomendada pelo Instituto Trata Brasil e realizada pelo IBOPE Inteligência, revela que 71% dos entrevistados têm suas casas ligadas à rede de esgoto. Porém, quase metade deles, 47%, afirma haver esgotos correndo a céu aberto próximo da sua residência. O objetivo da pesquisa é conhecer o que pensa o brasileiro sobre o saneamento básico, sua importância para a vida, os impactos da ausência dos serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos e a visão quanto à responsabilidade das autoridades. Perguntados sobre quais serviços ligados ao saneamento básico existem em seu bairro ou cidade, prevaleceu a coleta de lixo (97%), seguido por abastecimento de água (93%), água tratada (89%), coleta de esgoto (67%), retirada de entulho (66%), tratamento de esgoto (55%) e limpeza de bueiros (48%). Édison Carlos, presidente executivo do Trata Brasil, comenta: “Como os números oficiais do Ministério das Cidades mostram que menos da metade da população brasileira está realmente conectada às redes de coleta, podemos concluir que muitas pessoas imaginam que suas casas estão ligadas quando, na verdade, não estão”. Quanto à disposição das pessoas em pagar por estes serviços, 50% dos entrevistados afirmaram que não pagariam para ter seus esgotos ligados à rede. Embora não estando disposto a pagar, 69% dos entrevistados responderam pagar pela tarifa de esgoto, inclusive 29% daqueles que declaram não possuir coleta. Ao serem perguntados sobre o valor pago pela água e esgoto, 58% afirmaram ser caro em relação à qualidade do serviço prestado. Já quanto à percepção do cidadão para o destino dos esgotos, 49% das pessoas afirmaram ir para a natureza, dividindo-se entre ir para os rios (31%), mar (8%), córregos (7%) ou na rua (3%). Somente 19% dos entrevistados afirmaram que os esgotos vão para um centro de tratamento. Na média nacional, 29% afirmaram não saber o destino dos esgotos. O desconhecimento é maior nas periferias (37%) e nas cidades do interior (46%). Destaque para a percepção das pessoas no Nordeste, onde 26% afirmaram que o esgoto vai direto para o mar, comparativamente aos 8% da média nacional. Sobre a pesquisa A pesquisa apenas se assemelha à realizada em 2009, pois esta nova versão é mais direcionada às percepções quanto os avanços e carências do saneamento, mas também à visão da sociedade quanto aos serviços realizados e às responsabilidades pelos avanços do saneamento básico nas cidades. A pesquisa contou com 1.008 entrevistas realizadas em 26 grandes cidades do país, acima de 300 mil habitantes, e em todas as regiões expressando assim a percepção dos moradores quanto ao saneamento e temas ligados. Na amostra prevaleceram as entrevistas de mulheres (55%), da classe C (54%), com idades acima dos 30 anos e com grau de instrução do ensino fundamental.
Fonte: ibope.com.br

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