terça-feira, 6 de março de 2012

Alta do consumo das famílias em 2011 é a mais fraca desde 2004

Consumo das famílias cresceu 4,1% em 2011, oitavo crescimento seguido

A alta de 4,1% no consumo das famílias em 2011 foi a mais fraca variação anual desde 2004 (3,8%). O coordenador das Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, comentou que, apesar da desaceleração, o consumo das famílias tem norteado favoravelmente a economia brasileira nos últimos trimestres.

Olinto observou que esta taxa de 4,1% é o oitavo crescimento consecutivo. Este saldo positivo foi favorecido pela elevação de 4,8% na massa salarial real, taxa apurada pelo IBGE em sua Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Além disso, ele considerou que houve um crescimento nominal de 18,3% do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para pessoas físicas em 2011, segundo dados do Banco Central.

Quando questionado sobre a magnitude da desaceleração, o especialista lembrou que as condições de crédito, ainda favoráveis, já foram mais positivas em períodos anteriores. "Mas precisamos perceber que uma taxa de consumo das famílias não pode crescer a taxas muito elevadas para sempre", avaliou.

Indústria

O menor ritmo no consumo das famílias e as turbulências no mercado internacional contribuíram para o resultado desfavorável da indústria da transformação em 2011. Mas para o coordenador das Coordenação das Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, não é possível dizer que o comportamento negativo atingiu, de maneira uniforme, todos os ramos da indústria da transformação.

Olinto explicou que, dentro da indústria da transformação, setores mais relacionados à demanda interna, como de alimentação, por exemplo, e indústrias ligadas diretamente ao comércio internacional foram mais prejudicadas.

O cenário também deixou mais cautelosos empresários na compra de máquinas e equipamentos, por exemplo, o que acabou por não favorecer a economia da indústria da transformação. "Com o consumo das famílias em desaceleração e a economia mundial redefinindo-se, isso gerou um cuidado maior nas decisões de investimento para o futuro", avaliou.
Fonte: Agência Estado.

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