quinta-feira, 14 de junho de 2012

Investimento de R$ 450 milhões vai elevar produção da Marcopolo

   Acompanhar a previsão de crescimento anual do mercado interno entre 7% e 8%, nos próximos quatro anos, foi a justificativa apresentada ontem pelo vice-presidente de relações institucionais da Marcopolo, José Antonio Fernandes Martins, para a ampliação no investimento previsto pela companhia até 2016. O anúncio da nova previsão, de R$ 450 milhões, foi feito ontem, no Palácio Piratini. Os recursos, que superam a previsão anterior em R$ 100 milhões, devem ser aplicados em logística, aumento da produtividade e qualificação do portfólio.
   A maior parte do montante, cerca de R$ 350 milhões segundo o presidente do Conselho de Administração da empresa, Mauro Bellini, será aplicada nas duas fábricas que a empresa mantém em Caxias do Sul. Mas os recursos serão direcionados também para uma nova linha de produção da Volare, em São Mateus, no Espírito Santo (R$ 35 milhões) e nas joint-ventures que a companhia mantém no exterior. No Rio Grande do Sul, a previsão da empresa é aplicar entre o segundo semestre de 2012 e o ano de 2013, R$ 100 milhões para construir novas instalações administrativas, um novo centro logístico e um novo centro de treinamento e formação, além de desenvolver novos produtos e adquirir equipamentos para diversos setores das fábricas.
   Para Martins, é importante observar que a aplicação dos recursos será escalonada ao longo dos anos, para que a companhia não crie capacidade ociosa. “Trabalhamos com a previsão de crescimento do mercado interno entre 7% e 8%, então não podemos aumentar num ano só em 30% a nossa capacidade produtiva. Ter ociosidade é o que mais danifica uma empresa”, disse.
   Atualmente, as unidades fabris da Marcopolo trabalham com uma média de 80% de ocupação no Brasil. Martins afirmou que não há preocupação na empresa com relação aos atrasos nas obras da Copa do Mundo - que podem ser refletidos na demora nos pedidos de veículos BRT (os ônibus urbanos de grande capacidade). “No mundo, neste ano, vamos fabricar 31 mil ônibus, dos quais 21 mil serão feitos aqui no Brasil. Desses, produzidos entre as unidades de Caxias e a Ciferal, se dividir por 12 meses, teremos cerca de 1,8 mil unidades mês. Considerando 20 dias úteis, temos perto de 90 ônibus por dia. Então, para fazer esse volume de BRT é coisa de 80 ou 90 dias. Só precisa planejar”, disse.

   Fabricante aposta em maior demanda de veículos menores
   A demanda por BRTs até o Mundial pode chegar a cerca de 3 mil veículos, mas depois do evento o crescimento não deve ser expressivo, avalia o vice-presidente de relações institucionais da Marcopolo, José Antonio Fernandes Martins. Por isso, o executivo acredita que a estruturação do sistema alimentador será o principal criador de mercado e estará focado basicamente em veículos menores, como os Volare. Segundo o executivo, a montagem dos veículos em Caxias do Sul, sobre chassis Agrale, não será alterada com o novo investimento no Espírito Santo.
   Lá, Martins indicou a importância da localização geográfica tanto para a exportação, como para atender os mercados do Norte, Nordeste e Sudeste a partir de veículos montados sobre chassis feitos pela Mercedes-Benz em Governador Valadares (MG). A previsão é que, a partir daquela unidade, a Marcopolo atenda também a África e a outros países da América do Sul.
   O governador Tarso Genro comemorou o anúncio da empresa que, segundo ele, está em consonância com o plano de desenvolvimento dos segmentos que têm história na economia gaúcha. Segundo Bellini, não há nenhum incentivo fiscal contratado, mas a empresa e o governo irão estudar cada projeto para ver como enquadrar a empresa no novo Fundopem.
Fonte: Jornal do Comércio.com.br

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Grupo Zaffari compra fatia de fundo imobiliário

O Grupo Zaffari comprou do empresário Jorge Gerdau Johannpeter a maior fatia da participação no Fundo de Investimento Imobiliário Páteo Moinhos de Vento, dono do edifício onde estão localizados o Shopping Moinhos de Vento e o Hotel Sheraton, em Porto Alegre. Com a aquisição, a rede de supermercados e shopping centers volta-se também para um público de alto poder aquisitivo e ingressa no ramo hoteleiro. O negócio foi confirmado por comunicado distribuído pelo Grupo Zaffari nesta segunda-feira, mas os detalhes não foram revelados. O texto afirmou que a gestão dos dois empreendimentos seguirá inalterada. O Shopping Moinhos de Vento tem 120 lojas e recebe um público de 450 mil pessoas por mês. O Hotel Sheraton tem 169 apartamentos e centro de convenções. O mercado local estima que a aquisição tenha custado cerca de R$ 220 milhões. Gerdau e outros cotistas permanecem como investidores minoritários. Com origem em um armazém familiar aberto em 1935 no interior de Erechim, o Grupo Zaffari tornou-se a quinta maior rede de supermercados do País, com 30 hipermercados e supermercados e seis shopping centers no Rio Grande do Sul e um em São Paulo, que faturaram R$ 2,9 bilhões em 2011. As empresas são controladas pela família Zaffari. Fonte: Agência Estado.