quarta-feira, 29 de junho de 2011

Clientes satisfeitos na fila de espera: você é capaz?

Esperar não precisa ser uma coisa negativa. Pode ser neutra ou, em alguns casos, até positiva

CloseCompartilhar ImprimirDirigentes de empresas se preocupam muito com a possibilidade de seus clientes ficarem aborrecidos com o tempo de espera. Mas é possível que a solução não se resuma a reduzir o tempo de espera. Esta é uma solução antiquada, menos relevante para o novo tipo de consumidor que caracteriza hoje o mercado. Com base em pesquisas que combinam psicologia do comportamento e princípios tradicionais de marketing com as operações, é possível organizar uma nova estrutura, capaz de ajudar as empresas a tomar decisões melhores sobre o gerenciamento do tempo de espera.


A ideia básica é que tomar tempo demais do cliente acabará por prejudicar os lucros. Mas esperar não precisa ser uma coisa negativa. Pode ser neutra ou, em lugares como o Walt Disney World, até positiva. Às vezes, adotar um ritmo mais lento pode ser a melhor forma de garantir um serviço eficiente com relação ao custo e até mesmo fazer com que o cliente se sinta melhor. A chave para o gerenciamento da espera é entender como a espera influenciará os lucros da empresa.

Um dos melhores exemplos nesta área está na Disney. Seus dirigentes sabem que, para ter sucesso, a espera precisa ser divertida, pois os visitantes passam mais tempo nas filas do que nos próprios brinquedos. Por que, mesmo assim, os visitantes normalmente saem sorrindo do parque no fim do dia? Porque os funcionários orquestram, de maneira inteligente, o tempo em que ficaram no local.

Manter crianças entretidas enquanto esperam em uma fila é um grande desafio, que a Disney aprendeu a enfrentar. Por exemplo, Mickey, Minnie e os outros personagens percorrem o local, prontos a serem fotografados com os visitantes. Durante a espera do programa Soarin' Over California, os visitantes podem jogar em videogames interativos ou dar uma espiada no Wings of Fame, uma coleção de aviões históricos.

Antes de tomar medidas para poupar tempo, é importante para o gestor determinar se elas são desejadas pelo público. Por exemplo, estabelecer o check in automático nos hotéis indubitavelmente ganha tempo. Mas mesmo viajantes apressados irão apreciar algumas palavras de boas-vindas ditas por um ser humano e acompanhadas por um sorriso ao atendimento impessoal de um computador.

Na hora das compras

Fazer compras é outro setor em que isto é importante. Há pessoas e ocasiões em que o processo de escolha e negociação pode ser mais importante do que a compra em si. Mas também há pessoas para quem gastar o mínimo de tempo em uma compra é o mais importante. Por isso, o que uma cultura, grupo de idade ou sexo gosta é abominado por outro. Assim, tente saber qual o interesse de seu público, levando em conta toda a experiência, e faça a opção pelo que der respostas mais positivas.

Muita coisa pode ser aprendida a partir de pesquisas na área da Psicologia feitas a partir da década de 90 e que contribuíram para mudar o pensamento atual sobre como as pessoas reagem a experiências. Uma das mais interessantes foi feita na Universidade Princeton pelo psicanalista e prêmio Nobel de Economia Daniel Kahneman.

Em uma de suas experiências, os participantes do estudo mantiveram as mãos mergulhadas em duas vasilhas com água, cada uma por um minuto. A primeira vasilha continha água gelada. A segunda continha água ainda mais fria, mas, nos 30 segundos finais, ela ia sendo ligeiramente aquecida. A equipe descobriu que a maioria dos participantes preferia a segunda vasilha, mesmo ela sendo, objetivamente, menos confortável que a primeira. Isto a levou a formular o chamado end effect: quando uma pessoa avalia uma experiência, o final não só tende a ser mais importante que o princípio, mas pode fazer com que a pessoa esqueça sua duração.

Outro grupo de pesquisadores, chefiado pelo economista comportamental Dan Ariely, da Universidade Duke, realizou testes nos quais identificou as chamadas gestalt features, ou aspectos de uma experiência que determinam como o consumidor vai lembrá-la no futuro. Além do end effect, outros aspectos incluem a tendência (a experiência melhorou com o tempo?) os picos e vales (momentos de alta e baixa satisfação) e a taxa (a satisfação do cliente subiu e abaixou rapidamente ou lentamente?).

Aplicamos as ideias dos dois grupos a situações do mundo real, incluindo transporte aéreo, hotéis, serviços financeiros e lojas de varejo. Nossa descoberta foi a de que os clientes não lembram todos os detalhes de sua experiência, mas apenas aspectos que chamaram sua atenção. São eles que determinam se eles voltarão ou não e o que vão comentar sobre seu negócio. O que importa em um encontro de prestação de serviços não é só o tempo, mas o que acontece nesse tempo, como acontece e quando acontece.

Manter os consumidores contentes durante o encontro – e ainda mais contentes no fim – significa uma vantagem competitiva. Veja seis ideias relativas ao gerenciamento do tempo, baseadas em nossas próprias pesquisas, trabalhos de consultoria e tarefas de ensino, além de trabalhos de outros pesquisadores, citados em nosso paper publicado em Manufacturing & Service Operations Management.

Torne a espera menos aparente

O consumidor lembra os aspectos da experiência que mais chamam sua atenção e tenderá a esquecer a espera se ela passar para segundo plano. Uma maneira de fazer isso é mantê-lo ocupado, assistindo a uma TV de tela plana ou ouvindo música de seu gosto. O tempo de espera, assim, tende a ter um efeito neutro ou até mesmo positivo.

Gerencie o cliente, não a demora

A forma como o consumidor percebe o passar do tempo pode ser maior ou menor que a realidade. Uma demora bem explicada pode ser menor do que é na realidade. A demora produz sensações de impaciência e nervosismo que são as mais negativas. Nesses casos, o responsável deve ir além da própria duração e lidar diretamente com a ansiedade e aborrecimento do consumidor.

Reduza as incertezas, aumente a previsibilidade

Isso aumenta a sensação de controle e satisfação do consumidor. Dar ao cliente informações honestas sobre a espera – especialmente nos encontros pelo telefone e pela internet – o deixa mais confortável e permite que controle melhor o seu tempo. Em atendimentos públicos, um relógio, um teleprompter com o tempo de espera estimado, um sistema de senhas e um dispositivo para avisar o cliente se ele for tomar um café ou na espera de um restaurante levam a sensações mais positivas com relação à experiência total.

Ajuste o ambiente

Muitas vezes é possível aumentar a satisfação do cliente por meio de ajustes no ambiente. Considerado normalmente um elemento do chamado "gerenciamento de percepções", consiste no controle de condições como iluminação, temperatura, sons e cores; de avisos, símbolos e dispositivos que podem ser instruções para formar filas e aproveitar oportunidades de economizar tempo; e elementos de layout espacial e funcionalidade, como equipamentos e móveis.

Garanta um efeito final positivo

Se o cliente não ficar satisfeito no fim da transação, naturalmente vai dar mais importância ao tempo de espera e a outros obstáculos que encontrou no caminho. Uma forma de fazer isso, quando há boas e más notícias a dar, é prestar as informações ruins primeiro, para passar as boas no final.

Seja justo

É aconselhável sempre procurar servir em primeiro lugar quem chega primeiro, evitar aglomerações e manter fora de vista funcionários desocupados e atendimentos especiais. Por exemplo, passageiros da classe econômica muitas vezes se aborrecem com o tratamento especial dado aos da primeira classe e as prioridades que recebem. A companhia aérea LAN achou uma solução muito inteligente para isso: transferiu o check in dos passageiros de primeira classe para outro setor do aeroporto.

Perguntamos aos nossos alunos qual era a pior experiência de espera da qual se lembravam. Raramente eles citaram o tempo perdido. A não ser em situações de grande emergência, como em um pronto-socorro, o tempo de espera pode ser secundário. O importante é a forma como o consumidor encara, no final, a sua experiência.

Gabriel Bitran - é professor de Gerenciamento de Operações e Dinâmica de Sistemas da Sloam School of Management do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Juan Carlos Ferrer - é professor da Faculdade de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica de Santiago, Chile, e doutor em Gerenciamento pelo MIT.

Paulo Rocha e Oliveira - é professor do IESE Business School, de Barcelona, graduado em Matemática pela Universidade Princeton e doutor em Gerenciamento pelo MIT.

A matéria foi publicada originalmente na Revista IESE insight da escola de negócios IESE e cedida à revista Administradores por meio de parceria estabelecida entre ambas. A IESE figura como uma das melhores escolas de negócios do mundo e é pioneira em educação executiva na Europa desde sua fundação em 1958, na Espanha.
Fonte: Administrativo.com.br

terça-feira, 28 de junho de 2011

Primeira agência bancária ‘sustentável’ do País

Primeira agência bancária ‘sustentável’ do País é inaugurada em São Luís
Com investimento de R$ 2,3, HSBC contruiu agência preparada para coleta seletiva, que aproveita água da chuva e usa energia gerada pela força do vento

O banco HSBC investiu cerca de R$ 2,3 milhões para construir a primeira agência sustentável do País em São Luís. A unidade bancária tem todos os seus móveis feitos de madeira certificada, está preparada para coleta seletiva de lixo, só usa papel reciclado, aproveita água da chuva em seus banheiros e usa energia elétrica gerada pela força do vento.

A escolha por São Luís foi feita pela oportunidade de que o banco teria de construir a agência do zero. "O conceito adotado pede que construa agência para ser sustentável desde o zero. Não dá para simplesmente adaptar", afirmou o gerente regional de operações do Banco, Alex Sandro Melo.

Outro fator que fez com que a capital maranhense fosse escolhida é o desempenho das cinco agências que o banco tem no estado. Segundo o superintendente regional de rede Nordeste, José Teixeira Vasconcelos Neto, o desempenho do HSBC no Maranhão é o dobro do registrado no resto do país.

"Crescemos em margem cerca de 40% no estado. No resto do país o crescimento foi de 20%. Com os índices tão bons no Maranhão, decidimos inaugurar uma agência Premium. E com esse investimento, o banco espera crescer 50% no segmento de alta renda neste ano", projetou Teixeira.

O HSBC tem uma carteira de 20 mil clientes nas três maiores cidades do estado - São Luís, Imperatriz e Açailândia - dos quais cerca de2,5 mil clientes estão dentro do grupoo de alta renda. De acordo com Teixeira a meta é chegar a 3,7 mil clientes neste segmento.

Agência

O prédio do HSBC gera a partir do vento cerca de 15% da energia elétrica que consome a partir de um aerogerador, de fabricação norte-americana - que produz cerca de 800 quilowatts por hora, tem um telhado feito para reduzir a geração de calor e assim diminuir a necessidade de refrigeração, paredes duplas para melhorar o isolamento térmico e sonoro, além de janelas maiores do que o normal.

Apenas com o aerogerador a economia é estimada em R$ 700 por mês, o que significa um ganho equivalente a um mês de conta de energia elétrica. " O nosso maior interesse é minimizar o impacto da nossa operação. A estrutura do aerogerador custou R$ 30 mil e tem capacidade de produzir cerca de 10% a 15% da energia total consumida pela agência. Com isso poderemos conseguir uma economia de R$ 700 a R$ 1 mil na nossa conta de luz, que custa em média R$ 3.500", pontuou Alex Sandro Melo.

A agência também está equipada com coleta seletiva de lixo. "Todas as nossas agências já adotam essa política. Em cada localidade fazemos parceria com cooperativas de catadores e enviamos o material para reciclagem. É também uma forma de abrirmos os olhos dos nossos funcionários e dos nossos clientes para essa responsabilidade social", ressaltou Cláudia Malschitzky, superintendente executiva de sustentabilidade.
Fonte: Agência Estado.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Brasil sem Miséria quer oferecer qualificação profissional a 1,7 milhão de pessoas

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) pretende oferecer qualificação profissional a 1,7 milhão de pessoas até 2014, disse hoje (22) a ministra Tereza Campello, durante o programa Bom Dia, Ministro. A iniciativa faz parte do plano de ação do Brasil sem Miséria, lançado no princípio deste mês.

Tereza Campello falou sobre o Plano Brasil Sem Miséria em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC Serviços. Um dos principais eixos do plano é a inclusão produtiva de pessoas que vivem em situação de extrema mistéria e estão em idade economicamente ativa. "A ideia é elevar a capacidade dessas pessoas, oferecendo cursos profissionalizantes e condições de ingresso no mercado." A ministra exemplificou com o programa Brasil Sorridente, que garante serviços odontológicos aos necessitados. Segundo ela, para uma pessoa que não tem dentes, é mais difícil obter colocação em uma cozinha ou restaurante.

Outro eixo destacado pela ministra é o da transferência de renda. A previsão é que até 2013 mais 800 mil famílias sejam atendidas pelo Bolsa Família. Outra medida é a inclusão imediata de 1,3 milhão de crianças cujas famílias já são beneficiárias do programa. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, mais de 50% da população extremamente pobre do Brasil têm menos de 19 anos e 40%, até 14 anos

A ministra Tereza Campello disse que espera contar com o trabalho de todos os setores que podem ajudar a tirar da extrema pobreza, nos próximos quatro anos, 16,2 milhões de pessoas, público-alvo do plano Brasil sem Miséria.
Fonte: Agência Brasil.

Aviso prévio poderá ter mais de 30 dias

Decisão do STF reconhece direito a um período maior, proporcional ao tempo de serviço do empregado; fórmula será definida no 2º semestre

O Supremo Tribunal Federal (STF) definirá uma fórmula de cálculo do valor do aviso prévio devido aos trabalhadores em caso de demissão sem justa causa para que o valor seja proporcional ao tempo de serviço. O cálculo será aplicado enquanto o Congresso não aprovar uma lei específica sobre o assunto.


Hoje, o valor pago pelos empregadores equivale a 30 dias de trabalho, independentemente do tempo de serviço. A indenização deve ser paga ou o funcionário mantido por mais um mês até o seu desligamento efetivo.

Durante o julgamento dos processos de quatro ex-funcionários da Vale, diversas propostas foram aventadas. Como não houve consenso sobre a fórmula que seria aplicada, os ministros decidiram adiar a discussão para o segundo semestre.

O ministro Marco Aurélio, por exemplo, propôs 10 dias de aviso prévio a cada ano de serviço do funcionário, resguardado o piso de 30 dias. Caso uma pessoa seja demitida após 30 anos de serviço, como era o caso de um dos processos, a empresa teria de pagar o equivalente a 300 dias de salário como aviso prévio.

O presidente do Supremo, Cezar Peluso, considerou o valor muito alto e sugeriu que fosse reduzido pela metade: a cada ano de trabalho, a empresa teria de pagar o equivalente a cinco dias de trabalho, também mantido o piso de 30 dias. Depois sugeriu que fosse pago um salário a cada 6 anos de trabalho.

O ministro Luiz Fux propôs que fosse pago o equivalente a três meses de salário quando o trabalhador supera dez anos de serviço. Ricardo Lewandowski baseou-se num projeto que tramita no Senado e propôs o pagamento equivalente a 30 dias para o trabalhador com menos de um ano, de 45 dias para quem está há mais de um ano e de 60 dias para quem está há mais de dez anos.

Para todos. A regra a ser definida pelo STF valerá para os quatro processos em julgamento, mas qualquer trabalhador poderá recorrer para ter direito à mesma fórmula. "Ao solucionar o caso concreto, teremos uma norma que será observada para os outros casos", disse o relator, ministro Gilmar Mendes.

A Constituição estabelece, no Artigo 7, que "são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais (...) aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias", mas uma lei deveria regular o tema. Porém, o Congresso nunca aprovou essa lei.

Por causa disso, os quatro ex-funcionários da Vale pediram, por meio de um mandado de injunção, que o STF suprisse a lacuna. Um deles, José Geraldo da Silva, estava há quase 30 anos na empresa e foi demitido, sem justa causa, em 2009, recebendo o equivalente a 30 dias de salário.

De acordo com o ministro Ayres Britto, há 49 projetos sobre o assunto em tramitação no Congresso. O presidente do STF antecipou-se a uma possível crítica de que o STF estaria legislando: "É para isso que existe o mandado de injunção".
Fonte: Agência Estado.

Harry Potter digital

▪▪▪ Livros da série vão ganhar formato de e-book e vão ser vendidos em site especial, deixando as livrarias de fora

Site Pottermore vai ao ar em 31 de julho LONDRES – Harry Potter combateu as forças do mal e agora se prepara para conquistar a web com e-books, o que está alarmando a indústria que ajudou a autora J.K Rowling a se tornar bilionária.

Rowling anuciou na terça-feira, 21, que seus sete livros sobre a história do menino mago serão vendidos como e-books a partir de outubro, por meio do seu novo portal, o Pottermore.

O acordo de longo prazo para a distribuição da série em formato eletrônico vem como uma poção amarga para a livrarias, que agora vão ficar de fora de uma saga muitoa rentável.

“Você não pode ficar para trás do progresso”, disse Rowling para repórteres de Londres. “Os e-books estão aí e vieram para ficar.”

A série de Harry Potter estará disponível também em audiobooks, traduzidos em diversas línguas como inglês, francês, alemão, italiano, espanhol e japonês. Os preços ainda não foram definidos. Ao vender diretamente para os fãs, o site Pottermore estará ignorando grandes varejistas online, como a Amazon. No entanto, o formato dos e-books é compatível com o reader da empresa, o Kindle e também com o Sony Reader e iPad, da Apple.

Tom Turcan, gerente de operações do Pottermore, disse que Rowling queria “tornar os livros disponíveis para todos e não apenas para pessoas que possuem um conjunto específico de dispositivos, ou ligado a um determinado conjunto de plataformas.”

Phil Jones, diretor-adjunto do The Bookseller, uma resvista londrina especializada em publicações, disse que se havia alguém que poderia apostar em uma quebra de relações com as redes varejistas online esse alguém era Rowling, cujos livros em formato tradicional venderam 450 milhões de cópias ao redor do mundo. “Não creio que outro autor possa criar seu próprio site e vender seus próprios livros por ele. Acho que ela será bem sucedida, haverá hordas de fãs, que irão comprar centenas de milhares de e-books”, disse.

Jon Howells, porta-voz da cadeia britânica Waterstone, disse que os lançamentos dos livros de Harry Potter, que durante anos atraíram uma multidão de fãs trajados como os personagens, aguardando a abertura da loja à meia noite agora torna-se uma lenda para todas as livrarias . “Estamos desapontados com isso. Fomos um fatos chave para o crescimento da série, desde que o primeiro livro foi publicado. E agora somos proibidos de vender os tão esperados e-books.”

Pottermore. O site Pottermore vinha sendo objeto de intensa especulação entre os fãs, uma vez que foi ao ar com os dizeres “em breve”. Rowling revelou recentemente que é um site concebido para imergir os usuários em seu intrincado mundo mundo dos bruxos.

O site permite aos fãs se aprofundar na Escola de Magia Hogwarts, comprar varinhas no Beco Diagonal, viajar para
a imaginária da Plataforma 9 3/4, da estação de trem King Cross, em Londres e até ser escolhido para uma das quatro casas da escola, pelo famoso Chapéu Seletor.

Ao longo do caminho são lutas varinha, jogos e novas informações sobre os personagens amados em todo o mundo, incluindo os parentes grosseiro de Harry, os Dursley.

Pottermore foi registrado em 2009 pela Warner Bros, que distribui o filmes de Harry Potter. Mas o site é uma parceria com a Sony Corp e sua online loja é descrita como “um potencial local para vendas de produtos Sony”. O porta-voz Mark Hutchinson disse que a Sony foi escolhida como o parceiro mais adequado parceiro.”

O site vai ao ar oficialmente em 31 de julho, quando 1 milhão de usuários registrados serão escolhidos em uma
competição para ter acesso ao conteúdo antes que o resto do mundo. Somente em outubro ele será aberto a todos os usuários e além do inglês estará traduzido para o francês, alemão e espanhol.

Segundo Rowling, inicialmente o site seguirá o enredo do primeiro livro Harry Potter e Pedra Filosofal‘, com as seis outras aventuras sendo adicionadas posteriormente. Os fãs de Harry Potter poderão se deliciar com o novo mundo digital, mas Rowling disse que pretende manter a ênfase do site firmemente na palavra escrita. “Tivemos um monte de pedidos de jogos online, mas queria puxar focar na leitura”, disse.
Fonte: Agência Estado.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Áreas de Engenharia ocupam a maior parte do ranking

Um levantamento divulgado ontem (15) pela Catho Online apontou os cargos e áreas que registraram os maiores aumentos salariais no último ano. Por meio de sua Pesquisa Salarial e de Benefícios, a empresa de classificados online elaborou um ranking comparando maio de 2010 com o mesmo período em 2011. O resultado mostrou que as áreas de engenharia foram as que registraram os maiores aumentos, dominando quase todas as posições da lista.

"Esta alta ocorreu em grande parte devido ao crescimento da economia e ao aquecimento dos setores de infraestrutura, como Construção Civil, Mineração e setores ligados à Extração de Petróleo e Gás, que demandam por profissionais voltados a área de Engenharia. Sermos sede de eventos futuros como a Copa do Mundo e as Olimpíadas também reflete em um crescimento maior na procura por engenheiros", explica Marco Soraggi, diretor da Pesquisa Salarial.

No topo da lista, ficou o cargo de Engenheiro Agrônomo Sênior, cuja média salarial foi avaliada em R$ 5.965. A função integra a grande área de Engenharia Agrícola/Agronômica, que, no total, registrou um crescimento médio de 38,2%.

A segunda grande área no ranking é a de Edição de Fotografia – Comunicação Social e Editoração. De acordo com a pesquisa, o crescimento médio foi de 25,4%, e o cargo de maior destaque foi o de Editor de Fotografia, cuja média salarial ficou em R$ 2.590.

Veja o ranking completo











Fonte: Administração.com.br

domingo, 19 de junho de 2011

Custo Brasil não deixa PIB dobrar

Estudo indica que sem problemas de infraestrutura e a elevada carga tributária, PIB per capita iria de US$ 10 mil para US$ 21,6 mil

O Brasil poderia mais que dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, dos atuais US$ 10 mil para US$ 21,6 mil, e atingir níveis de países como Coreia do Sul e Portugal, se reduzisse as ineficiências que tiram a competitividade do País, aponta estudo da LCA Consultores.

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"Falta de infraestrutura e complexidade do sistema tributário, que exige 2.600 horas por ano das empresas só para pagar impostos, dividem o primeiro lugar no pódio dos principais obstáculos para ampliar a competitividade", diz o economista responsável pelo estudo, Bráulio Borges.

Para chegar a essa conclusão, Borges identificou, com base em análises estatísticas, quais são os fatores cruciais para o deslanche da competitividade e constatou seis pontos fracos que pesam no PIB per capita.

Além da conhecida falta de infraestrutura, estão nesse rol o tempo gasto pelas empresas para pagar impostos, a carga tributária sobre o lucro das companhias, o tempo para fazer valer o cumprimento dos contratos, o custo para exportar e o tempo para lidar com licenças em geral.

O economista explica que, para calcular o PIB per capita "perdido" pelo Brasil, levou em conta informações disponíveis do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional e do Fórum Econômico Mundial para um grupo de 131 países. Concluiu que, se o Brasil tivesse indicadores para esses seis quesitos equivalentes à media desse grupo de países, conseguiria agregar US$ 11,6 mil ao PIB per capita anual.

Tempo. As 2.600 horas por ano que as empresas brasileiras gastam para cumprir o rito da burocracia no pagamento de impostos faz do País o campeão mundial nesse quesito, ante uma média 284 horas para esse grupo de 131 países. Essa ineficiência reduz em US$ 8,1 mil o PIB per capita do Brasil em relação à média dos 131 países, destaca Borges.

Apesar de não ter essa ineficiência traduzida em números, as empresas sentem na prática o impacto da burocracia. A fabricante de autopeças Bosch, por exemplo, tem dois departamentos só para isso, conta a gerente de tributos da empresa, Sheila Pieroni. No departamento tributário, 11 funcionários acompanham diariamente com lupa as mudanças na legislação nos 27 Estados brasileiros para adequar o sistema de recolhimento de impostos da companhia às mudanças.

"Sendo bem otimista, saem dez novas legislações por dia nas quais são alteradas as formas de tributação do produto", conta a advogada. Ela diz que o trabalho aumentou depois da implantação da substituição tributária, sistema que atribui aos fabricantes a responsabilidade pelo pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido pelo seu cliente. "Antes acompanhávamos a legislação de três Estados, onde estavam localizadas as fábricas."

Além do departamento tributário, a empresa tem um departamento fiscal. É uma equipe de quase 50 pessoas encarregadas de apurar os tributos. Sheila conta que uma mesma informação - por exemplo, o valor recolhido de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - é remetida à Receita Federal de quatro formas diferentes: eletronicamente, por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped); em papel, que é a nota fiscal; na Declaração de Tributos Federais, que é mensal e na declaração de Imposto de Renda, anual.

O excesso de burocracia pesa também no Grupo Orsa, um dos gigantes do setor de embalagens de papelão. Sergio Amoroso, presidente do grupo, diz que tem pelo menos 30 pessoas nas áreas contábil, de controladoria e jurídica só para cuidar da burocracia. "Poderia ter meia dúzia de pessoas se fosse outro país. É gente que é paga para cumprir o custo burocrático do Estado ineficiente", afirma.

O empresário cita como exemplo de ineficiência o fato de a sua empresa ter de manter um hospital, o serviço de bombeiros, de abastecimento de água e de coleta de lixo em Monte Dourado, distrito de Almeirim, no norte do Pará, na divisa com o Amapá, onde a companhia tem uma fábrica de celulose.

Licenças. Outro ponto que impacta negativamente a competitividade do País é o tempo para lidar com licenças em geral. De acordo com o estudo, são 411 dias no Brasil, ante 210 dias, que é a média dos 131 países.

"Há licenças no Brasil que são absurdas", diz Amoroso. Para ilustrar a afirmação, ele conta o caso do linhão que vai levar energia elétrica da usina de Tucuruí, no Pará, até Macapá, no Amapá. Segundo o empresário, a empresa que ganhou a licitação conseguiu a licença do Ibama para fazer a limpeza da área. Agora é preciso outra licença para transportar a madeira. "Olha o absurdo: falta uma licença de algo que já está autorizado."

Profissionais que lidam diretamente com a questão das licenças ambientais admitem que um "cipoal" de exigências e a falta de definição de áreas de competências entre os organismos públicos atrasam as liberações. Mas eles ponderam que grande parte dos estudos ambientais não tem a atualidade necessária para atender aos projetos, na maioria das vezes complexos.
Fonte: Agência Estado.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

ONU diz que Brasil está avançado em direitos para os trabalhadores domésticos

Cidadania
O Brasil é um dos países mais avançados na garantia de direitos para os trabalhadores domésticos, afirmou hoje (16) a representante da ONU Mulheres para o Brasil e o Cone Sul - entidade das Nações Unidas para a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres - Rebecca Tavares.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou hoje (16) uma convenção que garante direitos aos trabalhadores domésticos de todo o mundo, como folga semanal de pelo menos 24 horas consecutivas e garantia de salário mínimo.

De acordo com a representante, o Brasil “é um dos países mais progressistas”, mas vai haver necessidade de mudanças na legislação atual para que todos os direitos dos trabalhadores domésticos determinados pela convenção da OIT sejam cumpridos.

“Vai haver necessidade de mudanças na Constituição [Federal] e de implementação por meio de medidas legislativas, para regularizar a situação das mulheres trabalhadoras domésticas e dos homens trabalhadores também. O importante é reconhecer que todos vão ter esses direitos”.

Rebecca disse ainda que os demais países da região não têm os mesmos avanços que se notam no Brasil. “As próprias trabalhadoras domésticas já estão bem organizadas [no Brasil], articuladas politicamente. E nos outros países a gente não observa esse nível de articulação entre a categoria, os sindicatos e os parlamentares”.

A subsecretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Maria Angélica Fernandes, disse que algumas das normas definidas pela convenção já fazem parte da legislação brasileira como a garantia de salário mínimo e férias remuneradas, mas há normas como a regulamentação da jornada de trabalho e o pagamento de horas extras que terão de ser implementadas na legislação brasileira. “Algumas dessas normas já estão sendo discutidas no Congresso Nacional como a regulamentação da jornada de trabalho e mudanças na Constituição [Federal] que colocariam [a legislação brasileira] em sintonia com algumas das normas da convenção. Mas o mais importante é que parte das medidas propostas já faz parte da nossa legislação”.

Maria Angélica disse ainda que será necessário diálogo com a sociedade para que tanto as trabalhadoras quanto os empregadores tenham acesso a legislação. “A lei é importante, mas ela não muda a cabeça das pessoas. No Brasil, o trabalho doméstico tem uma herança escravista muito grande”.

Outro ponto que também terá de ser discutido é a questão da fiscalização das leis. De acordo com a subsecretaria, essa inspeção do trabalho terá de ser feita de maneira diferenciada. “Temos que entender que a inspeção do trabalho [doméstico] será de maneira diferenciada porque não se trata de uma linha de montagem, por exemplo. Temos que criar as condições para que essa inspeção possa constatar qualquer abuso, ou algum tipo de não cumprimento dos direitos”.
Fonte: Agência Brasil.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fluxo de Caixa nas Nuvens é a nova tendência

Ferreira diz que mais de 500 empresas estão utilizando o sistema

Os empresários já podem acessar os dados financeiros da sua empresa de qualquer lugar. A Visie, empresa que oferece soluções em informática, em parceria com a Projeto DSD Consultores, desenvolveu o Fluxo de Caixa nas Nuvens. Com o sistema de Cloud Computing, ou Computação em Nuvem, na tradução, há um diferencial competitivo fundamental em tempos de uma economia dinâmica, que é o acesso aos aplicativos da empresa em tempo real e a distância. Para garantir a segurança, o projeto foi desenvolvido em linguagem de programação usada pela Nasa e com as mesmas chaves de criptografia usadas pelos bancos. O produto é voltado para pequenas e médias empresas em servidores online.

O acesso às informações também é controlado. “Através de um sistema de permissões, cada usuário da empresa chega aos dados e operações que o administrador definir”, garante o diretor da Visie, Elcio Ferreira. O sistema está hospedado nos servidores da Amazon, distribuída em três continentes. Segundo ele, os datacenters da Amazon possuem redundância de altíssimo nível de conexão de dados e fornecimento de eletricidade, além de unidades UPS, geradores de energia e monitoramento 24 horas da equipe de suporte.

JC Contabilidade - O que significa o Fluxo de Caixa nas Nuvens?
Elcio Ferreira - É um sistema de gestão financeira construído para rodar em ambientes de cloud computing. Para as empresas, significa segurança e agilidade na gestão financeira, especialmente na gestão de fluxo de caixa, que precisa de agilidade.

Contabilidade - Como ele foi desenvolvido?
Ferreira - Foi desenvolvido pela Visie em parceria com a Projeto DSD, consultoria focada em gestão financeira, com vasta experiência em fluxo de caixa. É usado por empresas de todo o Brasil, através de um website.

Contabilidade - Há um local fixo de hospedagem?
Ferreira - Não, ele roda numa infraestrutura virtual, espalhada em servidores físicos em datacenters ao redor do globo. Há redundância na aplicação e no armazenamento dos dados, garantindo a disponibilidade do software.

Contabilidade - Quais são as vantagens deste projeto?
Ferreira - As empresas podem, a um baixo custo, contar com informação atualizada sobre seu fluxo de caixa. Os gestores podem acessar essa informação de qualquer lugar. Imagine uma situação comum em pequenas e microempresas, um cliente avisa, às vésperas do vencimento de um contrato, que vai atrasar o pagamento. O empresário pode, em viagem, a partir de seu smart-phone, ver como ficará o fluxo de caixa pelos próximos dias, ajustar os pagamentos, comparar com a previsão orçamentária, orientar seu departamento financeiro. Ele leva consigo, no bolso, a plataforma de informação necessária para a tomada de decisões.

Contabilidade - Os empresários já estão utilizando?
Ferreira - Temos 500 empresas utilizando o produto, que é feito para ser usado pelo departamento financeiro das empresas, focado na administração dos recursos disponíveis, datas de pagamentos e recebimentos e controle de orçamento. A implantação tem ocorrido sem problemas.

Contabilidade - De que forma é feito o acesso aos dados?
Ferreira - Através de uma interface web, os usuários têm acesso aos dados a partir de qualquer navegador conectado à internet, em seus computadores, tablets ou smartphones. As empresas também podem exportar os dados do sistema, num formato aberto compatível com Excel, garantindo a posse dos dados.

Contabilidade- O projeto é seguro?
Ferreira - Todo o acesso aos dados é feito através do protocolo HTTPS, usando chaves de criptografia de 256 bits, mais seguras que as usadas pela esmagadora maioria dos bancos brasileiros.

Contabilidade - Como o empresário adquire o sistema?
Ferreira - Através do site fluxodecaixa.com.br ele faz seu cadastro e compra online. Ao se cadastrar, ele tem 40 dias grátis para uso do sistema.
Fonte: Jornal do Comércio.com.br

BRF ganha 30 dias do Cade para apresentar proposta de acordo

Acerto desse prazo maior foi feito no momento que a empresa, fruto da fusão entre Sadia e Perdigão, se propôs a apresentar uma nova oferta para o órgão antitruste, na semana passada

A BRF Brasil Foods terá um prazo de 30 dias, a contar a partir de ontem, data do adiamento do julgamento do caso na sessão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para apresentar uma proposta de acordo com a autarquia. A Agência Estado apurou que o acerto desse prazo maior - e que ainda pode ser estendido - foi feito entre as partes no momento que a empresa, fruto da fusão entre Sadia e Perdigão, se propôs a apresentar uma nova oferta para o órgão antitruste, na semana passada. As primeiras sugestões da companhia foram refutadas pelo relator do processo, conselheiro Carlos Ragazzo.

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Assim, a perspectiva de que o caso possa ser retomado na próxima sessão, dia 29 de junho, caiu por terra. Nesse dia, o conselheiro Olavo Chinaglia (que preside o julgamento da BRF porque o presidente Fernando Furlan está impedido de avaliar o caso) estará fora do Brasil, em Paris. Lá, Chinaglia participará da reunião da OCDE (que ocorre de 27 a 30 de junho). Não haveria, portanto, quórum suficiente para apreciar o caso. A representação que Chinaglia fará do Cade na França foi divulgada no Diário Oficial da União há cerca de 10 dias.

O Cade conta com sete membros e é necessária a presença de pelo menos cinco deles durante qualquer julgamento. Ocorre que, além de Furlan, o conselheiro Elvino Mendonça também se afastou desse processo porque trabalhava na Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda quando o parecer recomendando a aprovação da fusão com restrições foi elaborado.

Independentemente da confirmação do número mínimo de conselheiros para o julgamento, o fato é que jamais houve expectativa de que houvesse um desfecho para o caso BRF ao final deste mês. Pelos trâmites normais, sem contar com essa dilatação do prazo para a elaboração da proposta de acordo, o processo seria reencaminhado ao Cade na próxima sessão, dia 29. Nesse dia, o conselheiro Ricardo Ruiz, que está agora à frente do caso porque pediu vista dos autos e concedeu o adiamento, poderia pedir um novo prazo.

O Cade ficou alguns meses sem o número mínimo de integrantes e isso fez com que o limite de tempo que a autarquia teria para julgar a fusão fosse zerado. No dia que o processo foi levado à sessão plenária do Conselho pela primeira vez, havia passado apenas nove dos 60 dias previstos. Com isso, o Cade ganhou tempo para apreciar o processo com calma. A contagem de dias é interrompida toda vez que é emitido um ofício às empresas para a entrega de documentos.

Orquestração - Muitos advogados da área avaliaram ontem que toda a operação do Cade nesse processo - desde a rejeição do relator até a sinalização de Ruiz de que também deveria reprovar o negócio, no momento que pediu vista dos autos - não passou de uma "orquestração", para pressionar a empresa a ceder.

Ontem mesmo, já foi feito o primeiro contato entre as partes para essa nova fase de negociação. Pela manhã, houve o adiamento e, logo após o almoço, representantes da empresa se reuniram com Ruiz. A Agência Estado apurou que nenhuma oferta formal foi apresentada, mas a BRF recebeu como "lição de casa" a tarefa de reler as considerações feitas por Ragazzo, para ter esses pontos como uma nova referência para o acordo.

Ações - A BRF lançou uma estratégia de evitar comentar os assuntos ligados ao julgamento do órgão antitruste a fim de evitar maiores oscilações das suas ações na Bolsa de Valores. No primeiro dia do julgamento, em 8 de junho, as ações da companhia desabaram com a sinalização negativa para a fusão. Ontem, a BRF recuperava as perdas com o prazo para o acordo. Procurada pela Agência Estado, a BRF não se manifestou até o momento sobre o assunto.
Fonte: Agência Estado.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Primeiro voo ligando Europa à Capital pousa no Salgado Filho

Gaúchos aproveitam viagem sem escala e TAP inaugurou a ponte aérea para Lisboa com aeronave lotada

O voo TAP 160 partiu ontem à noite do Aeroporto Internacional Salgado Filho com a aeronave lotada. A viagem rumo a Portugal ocorreu depois de uma comitiva, liderada pelo governador do Estado, Tarso Genro, desembarcar pouco antes das 18h em Porto Alegre vindo diretamente de Lisboa. Acompanhado do vice-presidente da TAP, Luiz da Gama Mór, o governador classificou a data como histórica para o Rio Grande do Sul. "A Capital passa a ser o centro de uma plataforma política, econômica e cultural de relação de todo o Mercosul com a Europa", discursou durante evento de inauguração das operações da companhia no terminal gaúcho.

O governador disse que, a partir da linha direta estabelecida entre o Rio Grande do Sul e a Europa, será possível alimentar a indústria, comércio, turismo e relações culturais. "Esta é uma conquista do povo gaúcho e de sucessivos governos. Agradecemos à TAP por responder ao desafio do governo estadual, que solicitou uma linha direta entre Porto Alegre e Lisboa, em novembro de 2010, ao vice-presidente da empresa, durante uma conversa na Europa, onde debatíamos o desenvolvimento econômico do Estado e suas relações com a velha Europa." Logo após este contato, segundo Tarso, começou o trabalho que incluiu as avaliações técnicas do aeroporto e análises financeiras da empresa para implementar a companhia no Estado.

Ao afirmar que o Rio Grande do Sul passa a ter importância na globalização e integração econômica, o governador lembrou que a Capital está a "não mais que 1,8 mil quilômetros dos principais centros financeiros do Mercosul". Tarso retornou ao Estado após cumprir agenda no exterior, passando pela Coreia, Espanha, e Portugal, onde reuniu-se com empresários e movimentos sociais. "Todos ficaram muito animados em ter conhecimento desta linha direta entre a Europa e o Estado."

Além da comercialização de assentos do primeiro voo direto de Lisboa para Porto Alegre, o vice-presidente da companhia destacou o sucesso nas vendas de todos os 263 lugares disponibilizados pelo Airbus A330 que protagonizou o primeiro voo sem escalas da Capital para a Europa.

O secretário municipal de Turismo, Luiz Fernando Moraes, lembrou que o turismo significa desenvolvimento econômico e cultural de uma região, e que impacta em mais de 52 atividades em uma cidade. "Queremos tornar efetivo o fluxo de turistas nos dois destinos. Temos um longo trabalho pela frente, tendo em vista que o Sul do Brasil é praticamente desconhecido da Europa", avalia. "Hoje em dia não é possível trabalhar turismo sem ligação aérea. O voo direto nos potencializa a qualidade de receber em todo o Estado", comemorou.

O prefeito José Fortunati, que foi a Salgado Filho prestigiar a chegada da comitiva de Lisboa, considera que a partir da instalação da companhia a cidade dá "um passo para este desenvolvimento do turismo cultural, gastronômico e ambiental, além dos setores empresariais. "A ligação direta da Capital com o Velho Mundo é um velho sonho que está se realizando e deve impulsionar esses segmentos."

Enquanto autoridades e empresários comemoravam o início das operações da TAP no Salgado Filho, alguns dos primeiros passageiros a embarcar de Porto Alegre para Lisboa no voo direto da companhia realizavam check-in nos cinco guichês da empresa no terminal. A primeira viagem da TAP, a partir da Capital, contou com a presença do técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, em um voo concorrido.

Entre os passageiros que aproveitaram as ofertas que a companhia está realizando para voos inaugurais estava o casal Almir Melo Pessoa e Marilda Bauer Pessoa que chegou cedo no Salgado Filho, por volta das 17h, mais de quatro horas antes da decolagem. Acompanhados da família, eles aproveitaram o movimento tranquilo para relaxar antes do embarque para a viagem que deve se estender 10 dias, que irá incluir um tour pelas principais cidades portuguesas.

A comerciante Carolina Duzgun também preferiu antecipar o check-in para a decolagem rumo a Lisboa. Moradora de Londres, na Inglaterra, a gaúcha de Júlio de Castilhos comemorava a nova linha aérea, sem escalas. "Ficou bem mais confortável, não precisar descer em São Paulo ou Rio de Janeiro."
Fonte: Jornal do Comércio.com.br

A briga na visão da Cielo

Presidente da maior credenciadora do País conta os bastidores da supercompetição

No fim de tarde de uma sexta-feira gelada, o presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias, pediu à secretária que desse um recado a todos os funcionários que estivessem na sede da credenciadora de cartões naquele momento. Todos, não importava o nível, deveriam descer o para o pátio da empresa, no bairro de Alphaville, em São Paulo.
Era 23 de julho do ano passado e a Cielo vivia os primeiros dias do fim da exclusividade das maquininhas de cartão no País. Até então, os cartões da bandeira Visa só passavam nas máquinas da Cielo, antiga VisaNet, que teve de mudar de nome para se adequar às novas regras do setor. A bandeira MasterCard ficava a cargo da outra grande credenciadora do País, a Redecard.

Naquele início do cenário multibandeira, a Cielo tinha perdido e ganhado contas. Mas a percepção de perda, no entanto, era muito maior na equipe. Por isso, o presidente da empresa havia convocado os funcionários de supetão. "Subi em um banco e comecei: ‘Perdemos a empresa X. Por sinal, os modelitos que ela vende já estão fora de moda. Não comprem mais lá! Tal agência de viagens também. Nada de fechar pacotes com ela!’. E por aí foi", relembra Dias. Terminada a lista das más notícias, passou para as boas. "Comecei a listar os clientes que havíamos conquistado. A cada nome, os funcionários aplaudiam. Deixei por último as contas maiores. Aí a turma veio abaixo e se deu conta de que também havia ganhos."

A cena acima dá ideia do que representou o início da concorrência para um mercado até então habituado ao conforto da exclusividade. Com a possibilidade de o lojista escolher só uma máquina para todas as bandeiras, as credenciadoras se viram, pela primeira vez, obrigadas a disputar o cliente. As duas companhias, donas de quase 100% do segmento, entraram em confronto direto.

No setor de cartões, que movimentou no ano passado mais de R$ 500 bilhões no País, Cielo e Redecard fazem o credenciamento de estabelecimentos comerciais e são responsáveis pela comunicação da transação entre eles e a bandeira. Um negócio que tem a participação de pesos pesados: Bradesco e Banco do Brasil são sócios na Cielo, enquanto Itaú Unibanco está por trás da Redecard.

Naqueles primeiros meses do fim da exclusividade, as empresas navegavam às cegas porque não tinham ideia do seu desempenho em relação à concorrente em um mercado aberto. O cenário só começaria a desanuviar com os balanços do 3º trimestre, em outubro. "Era como se estivéssemos pilotando um avião com muita chuva, parte com informação precisa e parte na base do barômetro", explica Dias.

As pressões, segundo ele, vinham de todos os lados e de todos os níveis. Não eram poucos os funcionários que chegavam com frases do tipo: "Fui almoçar e o POS (maquininha) do restaurante não era mais Cielo". No conselho, as perdas de grandes contas geravam cobrança.

Mas o executivo recebeu apoio para seguir na orientação prevista: preservar as margens. "Não iríamos na base do share pelo share. Não adiantaria nada ter um cliente que me trouxesse prejuízo". Quem estava no dia-a-dia de vendas podia descer o preço dos serviços até um limite. Para ir além, só com a aprovação de outras instâncias.

O processo gerou reclamações na área comercial, já que a Cielo parecia mais lenta que a concorrência. "Eu respondia que era deliberado. Sou mais rápido para várias coisas, mas pra dar preço mais baixo não sou". E as investidas não vinham apenas do concorrente. O executivo conta que alguns clientes blefavam e era preciso "pagar para ver". "Houve pouca matemática e muita sensibilidade pra cuidar disso aí. O limite das negociações era a rentabilidade mínima que a gente definia." Mas diante da agressividade da concorrência e de perdas maiores do que o planejado, a Cielo teve de fazer diversos ajustes na estratégia.

Resultados

Em outubro, quando a Redecard divulgou o balanço do 3º trimestre, com uma queda no lucro líquido de 2,7% em relação ao mesmo período de 2009, a Cielo correu para antecipar o seu anúncio, que seria feito uma semana depois: havia registrado um aumento de 23%.

No 4º trimestre, o lucro líquido da Cielo ficou praticamente estável em relação ao mesmo trimestre de 2009, enquanto o da rival cedeu quase mais de 13%. Ficava claro que a estratégia da Redecard era manter preços agressivos para ganhar participação de mercado. A supercompetição fez as ações das duas empresas perderem o chão.

Em fevereiro, tanto Cielo quanto Redecard registraram os valores mínimos de seus papéis desde o fim da exclusividade. O preços refletiam as incertezas do mercado diante da guerra: ninguém sabia quando o ciclo de quedas de preços iria parar. A intensidade da disputa culminou com a substituição do presidente da Redecard, Roberto Medeiros, por Claudio Yamaguti, vindo do Itaú Unibanco. Procurada, a Redecard não deu entrevista.

"Na conference call do quarto trimestre, houve uma mudança de discurso da Redecard. A empresa assumiu um tom mais brando", afirma Luciana Leocadio, analista-chefe da corretora Ativa. "Depois disso, a competição ficou mais moderada."

Neste um ano de transformação da indústria de cartões, a Redecard ganhou fatia de mercado, mas a partir de uma estratégia de preços considerada agressiva demais por boa parte de investidores e analistas. De janeiro a março, o lucro líquido da Redercard despencou 20%, contra um recuo de 3,5% da rival. A impressão geral, até agora, é que a estratégia da Cielo se saiu melhor.

Novos rivais

Mas essa foi apenas a primeira parte da disputa nos cartões. Uma nova fase já começou com a chegada de novos competidores. Com foco no pequeno comércio, o Santander (em parceria com a GetNet) abocanhou 1,4% de participação. "Agora estamos aumentando a oferta de produtos para atender as grandes empresas", diz Cassius Schymura, diretor da área de cartões do Santander.

Companhias estrangeiras também anunciaram a entrada no País. Mas o processo não é simples. "Adequar plataformas à legislação e ao padrão brasileiros leva tempo", diz Marcos Leite, presidente da processadora CSU, que passou a atuar no setor com o Banrisul. Construir uma ampla rede de distribuição também não será fácil, já que os maiores bancos brasileiros estão por trás dos dois grandes players.

Mas o potencial de crescimento do mercado nacional tem falado mais alto que as restrições para as estrangeiras. "Em 2010, o Brasil registrou cerca de 7 bilhões de transações de cartões. Nos EUA, esse número é cinco vezes maior", afirma Paulo Caffarelli, vice-presidente da ABECS.

A americana First Data, maior empresa de meios de pagamentos eletrônicos no mundo, promete em dois meses anunciar os primeiros serviços de captura e processamento de transações no Brasil. "Estamos em negociação com vários parceiros", afirma Maria Fernanda Teixeira, presidente da First Data no País. A Elavon (associada ao Citi) e a Global Payments também anunciaram o ingresso no País.

A briga no setor está só começando. "O sarrafo (aquele travessão que os atletas de salto em altura têm de ultrapassar) está subindo", disse Dias, o presidente da Cielo, ao se referir à concorrência no setor. A Cielo vai ter de saltar mais alto.
Fonte: Agência Estado.

sábado, 11 de junho de 2011

Investimento cai, gasto de pessoal sobe

Segundo Mansueto Almeida, do Ipea, houve ajuste fiscal expressivo de janeiro a maio de 2011, mas com um padrão que não é sustentável

O ajuste fiscal nos primeiros cinco meses do ano, que de fato foi expressivo, baseou-se numa desaceleração drástica dos investimentos, que tiveram queda real de cerca de 4% de janeiro a maio, comparado a igual período de 2010. Ao mesmo tempo, as despesas de pessoal subiram mais nos cinco primeiros meses de 2011 do que em 2010, comparando-se a igual período do ano anterior. Na Previdência, o gasto real estimado cresceu 3,9% (menos da metade da expansão ocorrida de janeiro a maio de 2010), mas sem aumento real das aposentadorias.

Para o economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que calculou esses números, "esse padrão de ajuste é claramente insustentável, porque os investimentos terão de voltar a crescer, e o salário mínimo será reajustado em 14% em 2012, puxando os gastos da Previdência".

De janeiro a maio de 2011, a despesa do governo federal (inclui os três Poderes e o Ministério Público, mas exclui estatais)atingiu R$ 284,5 bilhões, com um avanço em termos reais (descontada a inflação) de 3,4% ante igual período de 2010. "Houve de fato uma freada forte, e a despesa total está crescendo abaixo do PIB", diz Almeida. Em 2010, no mesmo período, a despesa real cresceu 13% ante 2009.

A reviravolta mais dramática em 2011 foi nos investimentos do governo federal, que a presidente Dilma Rousseff sempre disse que iria preservar. Eles atingiram R$ 17,2 bilhões de janeiro a maio, com queda real de 4,1% (R$ 733 milhões) ante igual período de 2010. De janeiro a maio de 2010, o investimento havia dado um salto real de 72%, ante igual período de 2009.

"Essa contenção dos investimentos não tem como continuar por muito tempo, com Copa, Olimpíada, carência de infraestrutura e necessidade de elevar a taxa de investimento para 23% do PIB, para se ter um crescimento sustentável perto de 5% ao ano", avalia Almeida.

Por outro lado, ele reconhece que houve avanços notáveis no custeio, que atingiu R$ 80,8 bilhões de janeiro a maio, com crescimento real de apenas 2,5% ante 2010, comparado com 20% em igual período do ano anterior (comparado a 2009).

No mesmo critério, foi expressiva a redução do ritmo de expansão das despesas da Previdência, estimado por Almeida em 3,9% de janeiro a maio - menos da metade dos 8,8% dos cinco primeiros meses de 2010 (sempre em relação a igual período do ano anterior). O custeio foi de R$ 80,8 bilhões de janeiro a maio, e a estimativa do gasto de Previdência foi de R$ 109,7 bilhões.

Para calcular esses números, Almeida usou dados oficiais do Tesouro até abril, e extraiu os dados já fechados de maio do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) para investimentos, custeio e pessoal. No caso da Previdência, cuja extração do Siafi é mais complicada, ele optou por uma estimativa que considera conservadora, extrapolando para maio a média de janeiro a março. Ele excluiu abril, por ser um mês em que houve pagamentos de sentenças judiciais pela Previdência de mais de R$ 3 bilhões.
Agência: Estadão.com.br

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Relator do Cade vota contra fusão entre Sadia e Perdigão

Já o conselheiro Ricardo Ruiz pediu vista e julgamento será retomado no dia 15, data em que os outros conselheiros também se pronunciarão

O conselheiro relator do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no caso Sadia-Perdigão, Carlos Ragazzo, terminou há pouco nesta quarta-feira, 8, a leitura de seu relatório e votou pela reprovação da fusão entre as duas companhias. Segundo o conselheiro, as empresas terão dez dias, depois da publicação da decisão do órgão no Diário Oficial da União, para voltarem à situação de separadas anteriormente, inclusive na aquisição de compras de insumos e serviços no mercado interno, de acordo com Apro firmado entre as empresas e o Cade.

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"O cenário que foi mostrado pela BRF é extremamente danoso ao consumidor e torna a aprovação impossível. As duas empresas respondem por mais de 50% do mercado de processados. Chegando a 90% em outros. Concorrentes não chegam a fatia de 10% desse mercado", disse o relator. "Apenas a Perdigão tem real concorrência com Sadia e apenas a Sadia tem real concorrência com Perdigão. As propostas das companhias não chegavam nem perto de solucionar problemas da operação", completou.

Ragazzo também disse que a fusão pode gerar preços elevados, pode contribuir para o aumento da inflação e comprometer a renda do cidadão. "Não se pode dizer que os itens comercializados são artigos de luxo. É provimento e comida. São usados pela classe C e D, que estão sendo prejudicadas pela falta de concorrência desse mercado", disse, ressaltando que o aumento das exportações pode ser feito por cada empresa individualmente.

Apesar de sinalizar que deve seguir o voto Ragazzo, o conselheiro Ricardo Ruiz pediu vista do voto. "O relator apresentou completa exaustão do tema, apreciou todos os pontos. A instrução está completa", considerou. "Preciso, no entanto, de mais tempo para ler o processo", considerou, acrescentando que o documento possui 500 páginas e que este foi o primeiro contato com o voto. Ele pediu o prazo de até o dia 15, quando será realizada a próxima sessão, para se pronunciar.

Para ele, a proposta de remédio feito pelas empresas é minimamente "inapropriada" ou "inadequada". Além de ser inadequado em termos de conceito, também apresentou uma escala "modestíssima", na visão de Ruiz. "Seria uma formação, uma coordenação de cartel", salientou.

Os conselheiros Alessandro Octaviani, Olavo Chinaglia e Marcos Veríssimo afirmaram que vão aguardar o prazo para se pronunciarem.

Da mesma maneira, o procurador do Ministério Público Federal no Cade, Luiz Augusto dos Santos Lima, disse à Agência Estado que pegará carona no prazo concedido ao conselho para avaliar qual será sua ação em relação ao processo BRF Brasil Foods. "Vou aproveitar o tempo para ler, pois só soube do caso pelo que foi lido aqui", disse.

Mais cedo, ele mostrou-se irritado com o fato de o colegiado não ter atendido o seu pedido de vista, o que adiaria o processo.
Fonte: Agência Estado.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Indústria utiliza 82% da capacidade

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria caiu pelo segundo mês consecutivo e chegou a 82% em abril, ante os 82,4% de março, com ajuste, conforme os Indicadores Industriais divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A UCI atingiu o menor patamar desde fevereiro de 2010. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a queda da UCI em abril foi de um ponto percentual.

Já o faturamento real (descontada a inflação) da indústria cresceu 4,3% em abril ante março. Na comparação com abril do ano passado, a expansão foi de 4,9%. As horas trabalhadas também aumentaram em abril, em 1,5%, em relação a março, mas o ritmo ainda não é suficiente para recuperar o recuo de 2,2% do mês anterior.

Em relação a abril de 2010, o aumento do indicador foi de 0,7% no quarto mês deste ano. O emprego na indústria voltou a ficar relativamente estável, com ligeira redução de 0,1% em abril ante março. Na comparação com abril do ano passado, o indicador registrou alta de 2,8%. A massa salarial real desacelerou sua expansão, na comparação com meses de 2010.


Em março deste ano, comparado com março de 2010, o crescimento era de 7,1%. Já na comparação de abril deste ano com o mesmo mês do ano passado o avanço foi menor, de 4,3%. O rendimento médio real do trabalhador cresceu apenas 1,5% em abril, na comparação com o quarto mês do ano passado.

O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, afirmou que os resultados da pesquisa em abril demonstram haver uma acomodação no ritmo da atividade industrial. A valorização cambial, o cenário internacional de economias desaquecidas, as medidas de contenção e de encarecimento do crédito tomadas pelo Banco Central são os principais fatores, segundo ele, na redução da expansão da indústria.

A inflação, que recuou em maio comparativamente a abril, registrando alta de 0,47%, contra 0,77% no mês anterior, foi o principal fator que corroeu a massa salarial e o rendimento médio real do trabalhador na indústria.


Ele destacou que esta influência é ainda mais visível se for levado em conta que, em comparação a abril de 2010 - quando a inflação estava bem mais controlada -,estes dois indicadores assinalam altas de 4,3% e 1,5%, respectivamente.

Quase metade dos setores da indústria de transformação registrou queda na produtividade em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. De acordo com a pesquisa, dos 19 setores analisados, nove apresentaram recuo na UCI sobre abril de 2010. Entre os segmentos que tiveram maior ociosidade estão couros e calçados, com queda de 4,4 pontos percentuais, têxtil, que recuou 3,5 pontos percentuais, e veículos automotores, com redução de 3,2 pontos percentuais.

Atividade industrial no Estado fecha com nova queda
A instabilidade que marca a atividade industrial gaúcha nos últimos 12 meses foi mais uma vez registrada. O setor fechou abril negativo em 0,6% diante de março, sem os efeitos sazonais, e interrompeu os dois crescimentos mensais anteriores. "Apenas o mercado interno mais aquecido não tem sido suficiente para garantir uma estabilidade positiva aos negócios. Outros fatores criam dificuldades, como a valorização do câmbio e os elevados juros", alertou ontem o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS).

Com exceção das horas trabalhadas na produção, que permaneceu praticamente inalterada (0,1%), as demais variáveis tiveram retrações: faturamento (-2,7%), compras totais (-2,1%), massa salarial (-1,8%), emprego (-0,3%) e utilização da capacidade instalada (-0,2%). Os setores mais intensivos em mão de obra somaram fortes desaquecimentos: couro e calçados (-11,3%) e máquinas e equipamentos (-9,7%). Entre o sobe e desce do desempenho industrial nos últimos 14 meses, o resultado líquido ficou positivo em apenas 0,24%.

Quando abril é relacionado com o mesmo mês de 2010, o IDI-RS apresenta uma queda de 1%. Nessa base de comparação interanual, é a primeira perda em 17 meses. O cenário de desaceleração foi verificado em dez dos 17 setores pesquisados e os que mais influenciaram no resultado geral foram produtos de fumo (-16,4%), máquinas e equipamentos (-6,3%) e produtos químicos (-2,2%). Já os maiores incrementos vieram de material eletrônico e de comunicação (21,6%), veículos automotores (13,3%) e alimentos e bebidas (3%).

Nova política do governo vai desonerar compra de máquinas
O governo bateu o martelo sobre quatro das 52 medidas que prometem integrar a nova política industrial, que está em gestação. Os ministérios envolvidos chegaram a um consenso sobre iniciativas que desoneram a compra de máquinas e equipamentos. As demais medidas - que vão focar o incentivo à inovação e o fortalecimento da defesa comercial - ainda estão em discussão. Com o nome provisório de Política de Desenvolvimento da Competitividade (PDC), o programa deve ser divulgado em solenidade pela presidente Dilma Rousseff nos próximos 30 dias.

"Vai ser uma injeção na veia de vitamina para a indústria, que vem sofrendo com o câmbio valorizado e com a concorrência desleal dos importados", disse o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Na quinta-feira da semana passada, Pimentel informou sobre o andamento da nova política industrial a empresários reunidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo. Ele pediu aos seus auxiliares para detalhar as quatro medidas já definidas. As medidas foram relatadas à reportagem por fontes presentes na reunião e confirmadas pelo ministro. "Com o dólar barato e a desoneração tributária, temos a oportunidade de fazer uma enorme modernização do parque industrial", disse Pimentel.

A primeira medida vai acelerar a depreciação das máquinas, que permite as empresas declararem o valor pago como despesa, reduzindo o lucro e o pagamento de imposto de renda. Hoje o prazo é de cinco anos e vai cair para 12 meses.

A segunda medida é a recuperação imediata do PIS/Cofins pagos por quem adquire máquinas. A iniciativa é considerada pelos empresários a mais relevante do pacote, embora não englobe o ICMS pago aos estados. Hoje o prazo para o crédito de PIS/Cofins na compra de máquinas é de 12 meses e não é a primeira vez que o governo utiliza esse mecanismo.

O governo também vai zerar o IPI pago na compra de bens de capital. Desde a crise em 2008, a aquisição de máquinas já usufrui do benefício, que será estendido a outros bens - como computadores, caminhões ou até um galpão - desde que utilizados como equipamentos pelas empresas. Segundo Pimentel, a espinha dorsal da nova política industrial será o estímulo à inovação. Essas medidas, no entanto, estão em estudo. Outro foco da política industrial será a defesa comercial.
Fonte: Jornal do Comércio.

Banco Mundial sugere que Brasil limite o crédito para segurar inflação

Relatório cita pressão inflacionária em várias economias, puxada pelos preços dos alimentos e dos combustíveis.

Da BBC Brasil em Washington - Os bancos públicos brasileiros devem conter a expansão do crédito para ancorar as expectativas inflacionárias, diz um relatório divulgado nesta terça-feira pelo Banco Mundial, em Washington.

Segundo o relatório Perspectivas Econômicas Globais, as pressões inflacionárias estão aumentando em várias economias, puxadas por fatores como a alta dos preços de alimentos e combustíveis, forte demanda doméstica e aumento de salários.

O documento cita o caso do Brasil e observa que o país é um dos que registram uma grande demanda interna, que gera preocupação por exercer pressão inflacionária.

O aumento da inflação - que, segundo o IBGE, já chega a 6,55% no acumulado dos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta - preocupa o governo brasileiro, que vem adotando medidas como o aumento da taxa básica de juros (Selic).

Em seu relatório, o Banco Mundial prevê crescimento de 4,2% para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro neste ano, taxa um pouco acima da projetada pelo mercado no Brasil, de 4%.

Para o ano que vem, a previsão do Banco Mundial é de crescimento de 4,1%, e para 2013, de 3,8%.

Segundo o documento, as projeções se devem ao fato de a economia brasileira estar operando próxima de sua "capacidade máxima" e os salários estarem começando a crescer "mais rápido do que a produtividade".

Desafios

O Banco Mundial projeta também que a apreciação do real frente ao dólar vai continuar a ter impacto sobre a produção industrial brasileira, "tanto por causa de exportações mais fracas quanto pelo aumento da demanda por importações".

Segundo o relatório, os fluxos de capitais continuarão a crescer, impulsionados por um aumento nos investimentos estrangeiros diretos, apesar dos esforços do governo para conter a entrada excessiva de capitais.

Desde o ano passado o governo brasileiro vem adotando medidas para conter o fluxo de capitais, que, assim como em outros países emergentes, chega ao Brasil atraído pelas altas taxas de juros e acaba provocando a valorização da moeda local e a consequente perda de competitividade nas exportações.

O Banco Mundial alerta ainda para o risco que uma súbita reversão nos mercados de capital, acompanhada de uma possível depreciação brusca no câmbio, poderia ter sobre países como o Brasil.

O relatório traz dados e projeções sobre as economias em desenvolvimento em diferentes regiões e afirma que, com o fim da crise financeira mundial, esses países precisam agora se concentrar na resolução de desafios específicos.

Entre os desafios estão lidar com as pressões inflacionárias, enfrentar os altos preços das commodities e conseguir um crescimento equilibrado, por meio de reformas estruturais.

"Muitas economias em desenvolvimento estão operando acima da sua capacidade produtiva e com risco de superaquecimento, principalmente na Ásia e na América Latina", diz o diretor de Perspectivas do Desenvolvimento do Banco Mundial, Hans Timmer, no material de apresentação do relatório.

"A política monetária tem respondido, mas a política fiscal e da taxa de câmbio precisarão desempenhar um papel mais acentuado para manter a inflação sob controle", afirma. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Fonte: Agência Estado.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

BC: notas danificadas por dispositivo antifurto de caixas eletrônicos não poderão mais ser usadas



O Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central (BC) aprovaram regulamentação sobre o destino de cédulas danificadas por dispositivos antifurto de caixas eletrônicos. Segundo nota divulgada pelo BC hoje (1º), essas notas deixam de ter validade, não podendo mais ser utilizadas como meio de pagamento.

Alguns caixas eletrônicos têm um dispositivo que mancha com tinta colorida as cédulas durante tentativa de furto (por meio de explosão). “O portador de nota suspeita de ter sido danificada por dispositivo antifurto deve encaminhá-la a uma agência bancária, que se encarregará de remetê-la ao BC, onde será mantida sob custódia para análise”, diz o comunicado do Banco Central.

Após a comprovação, pelo BC, de que o dano foi provocado por dispositivo antifurto, a instituição financeira deverá comunicar ao portador que a cédula foi objeto de ação criminosa e ficará à disposição das autoridades competentes para investigação criminal.

O portador da nota não terá direito ao ressarcimento do valor correspondente à cédula danificada. Mas se após análise for comprovado que o dano não é proveniente de dispositivo antifurto, o banco comunicará ao portador e providenciará a troca da cédula.

“O BC recomenda a população que não receba notas suspeitas de terem sido danificadas por dispositivo antifurto. O objetivo das medidas anunciadas é contribuir para a redução dos casos de furtos e roubos a caixas eletrônicos, ao dificultar a circulação de notas roubadas ou furtadas”, diz o Banco Central.
Fonte: Agência Brasil.

Novas regras de cartões entram em vigor

As novas regras dos cartões de crédito, aprovadas em 25 de novembro do ano passado pelo Bacen (Banco Central do Brasil), por meio da Resolução 3.919/2010 e da Circular 3.512/2010, entram em vigor nesta quarta-feira (1).

Na data, as instituições financeiras e as demais, autorizadas pelo Banco Central, que emitem cartão de crédito, estão obrigadas a reduzir para apenas cinco o número de tarifas que podem ser cobradas pelos cartões emitidos a partir de 1º de junho.

Além disso, com as novas regras, o consumidor poderá optar por dois tipos de cartões: o básico e o diferenciado. O primeiro poderá ser usado somente para pagamentos de compras, contas e serviços, enquanto o segundo trará a possibilidade de tais pagamentos e a associação a programas de benefícios e recompensas, como bônus e milhagens.

Para o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Antonio Tombini, as novas regras contribuirão para que o cartão de crédito “continue crescendo de forma sustentável e transparente” e ainda incentivarão o “uso racional desse meio de pagamento, ajudando a evitar que as famílias se endividem em excesso”, disse, durante seminário sobre as novas regras dos cartões.

Extrato e pagamento mínimo
A partir de agora, as empresas de cartões de crédito terão de fornecer aos clientes faturas mensais que contenham as seguintes informações:

•Limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de crédito passível de contratação;
•Gastos realizados, por evento, incluindo os parcelados;
•Identificação das operações de crédito contratadas e respectivos valores;
•Valores relativos aos encargos cobrados, informados de forma segregada, de acordo com os tipos de operações;
•Valores dos encargos a serem cobrados no mês seguinte, caso o cliente opte pelo pagamento mínimo da fatura;
•Custo efetivo total para o próximo período das operações de crédito passíveis de contratação.
No que diz respeito ao pagamento mínimo, a partir de junho, ele passará para 15% do saldo total da fatura, e, em dezembro, para 20%.
Fonte: Yahoo Finanças.